Denize Kaluf, 59 anos, cansada e assustada com a situação de assédio que enfrenta, decidiu tomar medidas drásticas contra seu vizinho. Na última segunda-feira (12/6), a coordenadora colocou uma faixa em sua janela com os dizeres: 'Sou mulher e vítima de injúria e assédio'. Denize relatou sua história ao portal Uol.
Procurando apoio, a mulher buscou auxílio da polícia e da administradora do condomínio onde vive para lidar com o assédio do homem que mora em frente ao seu apartamento, localizado na Zona Sul de São Paulo. No entanto, a resposta que obteve foi desanimadora, já que nada poderia ser feito.
Diante disso, Denize chegou a confrontar o vizinho em um momento de indignação. Preocupada com o aumento das tensões, ela decidiu criar a faixa como forma de denúncia pública. 'Eu precisava fazer algo, pois pensei: vai acontecer uma tragédia', afirmou.
Em 2022, Denize já havia registrado um boletim de ocorrência, porém perdeu o prazo de representação, que é o momento em que a vítima retorna à delegacia para confirmar a denúncia e autorizar o início da investigação. No entanto, após colocar a faixa na última segunda-feira (12/6), ela decidiu ir à polícia novamente para formalizar a denúncia. Desde então, o vizinho parou de proferir ofensas, segundo Denize.
Em entrevista ao portal, ela relatou a perseguição constante: 'Ele me persegue 24 horas por dia. Tudo o que eu faço no meu apartamento, o que ele enxerga, o programa que estou assistindo. Me xinga, manda desligar a TV, sair do telefone, fechar a porta, diz que sou um lixo, canta músicas me chamando de fofoqueira'. Denize chegou a se esconder em casa, com as luzes apagadas, para evitar ser vista pelo vizinho. 'Nesse dia, sentei na cozinha e chorei', desabafou.