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Estado de Minas SUL DO BRASIL

Ciclone com ventos de 140 km/h deixa um morto no RS e 468 mil sem energia

Conforme boletim da Defesa Civil gaúcha na manhã desta quinta-feira (13), 46 municípios do RS tiveram prejuízos


13/07/2023 11:02 - atualizado 13/07/2023 13:28
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Na foto funcionário da prefeitura de São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha, desobstrui rua fechada por uma queda de árvore
A madrugada desta quinta-feira (13/07) foi de chuvas intensas e fortes ventos na cidade de São Francisco de Paula, na Serra Gaúcha, causando falta de luz e queda de árvores (foto: Evandro Leal/Agência Enquadrar/Folhapress)

A passagem de um ciclone extratropical por Rio Grande do Sul e Santa Catarina desde a noite de quarta-feira (12) causa morte e estragos em dezenas de municípios. Conforme boletim da Defesa Civil gaúcha na manhã desta quinta-feira (13), 46 municípios do RS tiveram prejuízos.

O fenômeno deve continuar sobre os estados do sul ao longo do dia, com pouca chuva, mas rajadas de vento que podem se aproximar de 100 km/h. O RS amanheceu com 468 mil pessoas sem energia elétrica, conforme as duas concessionárias que atendem o estado.

 

Pela manhã, o prefeito de Rio Grande, no sul do RS, Fábio Branco, confirmou a primeira morte causada pelo ciclone. A vítima, ainda não identificada, teria sido atingida pela queda de uma árvore em sua residência, o bairro Maria dos Anjos.

Conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em Bom Jardim da Serra (SC), região de cânions na fronteira com o RS, as rajadas de vento chegaram a 146,9 km/h.

No RS, onde 343 municípios estão em alerta vermelho desde quarta-feira, as regiões mais afetadas foram no sul, como Pelotas, Rio Grande e Canguçu, e no litoral norte.

No litoral, a estrutura da tradicional Festa do Peixe, em Tramandaí, foi destruída. Cidreira, também no litoral, teve 46 pessoas removidas de casa.

Na região sul, Canguçu teve rajadas de 100,4 km/h. Conforme a prefeitura de Rio Grande, cerca de 100 casas foram destelhadas pelo vento e 17 pessoas desabrigadas.

Embora a chuva tenha diminuído, ainda há preocupação com o efeito retardado da chuva de quarta-feira, que provoca a cheia de rios nos dias seguintes. Em São Sebastião do Caí, a prefeitura trabalha na remoção de famílias ribeirinhas do Rio Caí, que pode chegar a 12 metros de altura, mais de 10 metros do que o nível normal. No ciclone anterior, ocorrido em 15 de junho, a água chegou a 14 metros.

Rodovias


 

Conforme a Polícia Rodoviária Federal e a Empresa Gaúcha de Rodovias, há dez bloqueios em rodovias gaúchas. A estrutura temporária de acesso a Caraá – município mais afetado pelo evento de junho, com cinco das 16 mortes ocorrida no RS –foi comprometida.

Em algumas rodovias, como a RS-474 e a RS-441, o bloqueio se dá pela cheia sobre a pista. Outras cinco têm bloqueios parciais.

Santa Catarina também foi afetada com força na madrugada desta quinta-feira. Em Chapecó, onde o vento chegou a 80 km/h, árvores caíram sobre carros e casas e placas foram arrancadas.

Em Ibicaré, a SC-453 foi interditada nos dois sentidos com a queda de galhos de árvores. Conforme o Governo do Estado, há três bloqueios totais e outros três pontos de atenção, com trânsito em meia pista.

O ciclone é o terceiro a afetar o sul do Brasil em menos de um mês, o segundo com gravidade.

 

 


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