As aulas de 669 escolas públicas do país foram interrompidas por episódios de violência em 2021. Tiroteio no entorno, roubo, vandalismo, ameaça e ataque estão entre os motivos pelos quais as unidades tiveram de parar as atividades letivas.
Os dados são do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na manhã desta quinta-feira (20) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. As informações foram obtidas de um questionário respondido por diretores de escolas para a Prova Brasil 2021, avaliação feita pelo Ministério da Educação.
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"A escola, no Rio de Janeiro, é uma instituição quase oito vezes mais perigosa de se frequentar e se vítima do fogo cruzado entre polícia e criminosos do que nos demais estados do Brasil", destaca o relatório do Fórum.
A pesquisa ainda aponta que 7.156 escolas foram invadidas, 11.991 tiveram registro de roubos ou furtos e 14.544 foram alvo de vandalismo. Os dados também mostram as várias situações de violência praticadas dentro da escola.
"São situações em percentuais que não coadunam com a ideia da escola como espaço seguro e ambiente de proteção. Engana-se quem pensa que a violência é um problema circunscrito", diz o relatório.
Mais de um terço das escolas públicas (37,6%) relatam lidar com situações de bullying, 15% com casos de discriminação e 2,3% com assédio sexual. Algumas unidades da federação, como Distrito Federal e Santa Catarina, apresentam índices equivalentes a mais do que o dobro da média nacional. Elas tiveram registros de assédio sexual em 5,2% e 4,1% das escolas, respectivamente.
Ainda, em 2,5% das escolas houve registro de pessoas portando armas (de fogo ou facas) e 5,6% registraram a presença de pessoas sob efeito de drogas. "A violência está dentro da escola e ela atrapalha seu funcionamento. O desafio é imenso, mas os dados dão indicações de quais são as demandas prioritárias para cada região", avalia Martins.