O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro em conjunto com a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados deflagraram nessa terça-feira (26/7) a operação Exagogi, que investiga uma quadrilha especializada em furto de petróleo de dutos subterrâneos da Transpetro.
Foram cumpridos 47 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e São Paulo. A operação teve apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que atuou no cumprimento de mandados em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Nessa parte da operação, além do promotor de Justiça, militares do Gaeco (Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado), um fiscal do Procon-MG e policiais militares do grupamento de Meio Ambiente estiveram presentes.
Como agiam os criminosos
De acordo com informações do serviço de inteligência da delegacia especializada, as investigações tiveram início em 2019, quando os agentes receberam denúncias de que três caminhões circulavam com óleo bruto em Quissamã, município da Região Norte do estado do Rio de Janeiro.
Policiais militares foram ao local e encontraram duas carretas com o produto e os motoristas confessaram o crime e passaram as informações do paradeiro do terceiro caminhão. Na ocasião, onze pessoas foram presas e de acordo com os agentes, havia cerca de 100 mil litros de óleo bruto nos caminhões apreendidos.
Ainda segundo as investigações, a quadrilha atuava de maneira hierarquizada e com divisões de tarefas totalmente estruturadas. Três pessoas foram apontadas como líderes. Uma delas era responsável pela organização dos motoristas, outra tratava da logística da derivação clandestina e da extração e uma terceira tratava da parte financeira e organizacional.
Além disso, a organização criminosa contava com um especialista que ajudava os soldadores para instalar mangueiras nos dutos, aliciadores, que buscavam profissionais que trabalhavam, em geral, nas plataformas de petróleo. Soldadores e outros ajudantes que eram responsáveis por preparar o terreno, auxiliar nos engates das mangueiras e nos caminhões, assim como fornecer notas falsas, comercializar o óleo com receptadores, entre outros.
Confira nota da Transpetro:
Sobre a operação de hoje para cumprir 47 mandatos de busca e apreensão em cinco estados, a companhia esclarece que é vítima de ações criminosas de furto de óleo e derivados e colabora com as investigações das autoridades. A Transpetro tem como maior preocupação a segurança das pessoas e do meio ambiente, pois intervenções criminosas nos dutos podem trazer riscos como vazamentos, incêndios e explosões. O transporte de combustíveis por dutos é seguro e eficiente, desde que não ocorram intervenções criminosas.
A Transpetro atua constantemente no desenvolvimento de tecnologias que tornem as operações mais seguras e tem aprofundado a articulação com diversos órgãos externos para, de forma integrada, auxiliar no combate a atividades criminosas. A Polícia Cívil e o Ministério Público do Rio de Janeiro têm sido parceiros fundamentais no combate a esse crime. A Transpetro agradece esse apoio.
A companhia também reforça a importância da colaboração e do engajamento dos moradores vizinhos aos dutos. Eles podem denunciar por meio do telefone 168, caso identifiquem qualquer movimentação suspeita na faixa de dutos. A ligação é grátis e o telefone funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.
A Transpetro atua constantemente no desenvolvimento de tecnologias que tornem as operações mais seguras e tem aprofundado a articulação com diversos órgãos externos para, de forma integrada, auxiliar no combate a atividades criminosas. A Polícia Cívil e o Ministério Público do Rio de Janeiro têm sido parceiros fundamentais no combate a esse crime. A Transpetro agradece esse apoio.
A companhia também reforça a importância da colaboração e do engajamento dos moradores vizinhos aos dutos. Eles podem denunciar por meio do telefone 168, caso identifiquem qualquer movimentação suspeita na faixa de dutos. A ligação é grátis e o telefone funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.