Segundo o instituto, o homem, que estava armado com uma pistola, atirou contra os agentes ambientais, que reagiram. Ele foi levado de helicóptero para um hospital em Itaituba (PA), mas não sobreviveu.
De acordo com o Ibama, a região do Tapajós --que compreende os municípios de Itaituba, Jacareacanga e Novo Progresso-- concentra a maior quantidade de alertas de garimpo no país, principalmente em unidades de conservação e terras indígenas.
"A operação foi iniciada em 10 de agosto. Desde então, houve queda de cerca de 90% dos alertas de garimpo na região", diz o Ibama.
Já foram destruídas 62 escavadeiras hidráulicas, 66 dragas, 89 motores, cinco motos, quatro caminhonetes, duas carretas-tanque, um tanque-aéreo, um barco-tanque, um caminhão e 61 mil litros de diesel. Os agentes desmobilizaram 29 acampamentos de apoio ao garimpo ilegal.
Nas últimas semanas, o Ibama intensificou as ações contra o garimpo ilegal no Pará, onde a atividade vem causando dano especialmente na Terra Indígena Munduruku.
Em maio, por exemplo, uma operação no baixo rio Tapajós apreendeu cinco aeronaves, 42 mil litros de diesel, 1.600 litros de combustível de aeronaves e duas armas de fogo. O órgão identificou que os helicópteros também eram usados por garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, onde desde janeiro o governo Lula (PT) vem atuando para a desintrusão do território.
As terras yanomami e munduruku fazem parte de um grupo de sete que foram alvo de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL), de expulsão dos garimpeiros.
O território do Pará é visto por integrantes do governo Lula como o mais crítico e prioritário, após as ações de repressão em Roraima se aproximarem de sua fase final. É onde o Ibama deve concentrar seus esforços nos próximos meses.