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Estado de Minas BRASIL

Idoso que ameaçou Padre Júlio Lancellotti diz que sabia das câmeras

O idoso disse que ficou revoltado quando lembrou que o imóvel onde fica a Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, foi doação da família dele à Igreja Católica


28/08/2023 18:24 - atualizado 28/08/2023 18:24
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Bilhete recebido pelo padre
'Se tiver brecha judicial, vou anular essa doação, é isso que vou fazer', afirmou o idoso (foto: Reprodução/Redes Sociais)
O idoso de 72 anos que confessou ter deixando um bilhete com xingamentos e ameaças ao Padre Júlio Lancellotti disse que sabia que seria identificado.

 

O idoso afirmou que foi até o local "de cara limpa": "Sabia que tinha câmera, era para me reconhecer mesmo", disse, em entrevista ao site Metrópoles.

 

Ele também afirmou que teria misturado remédio com bebida alcoólica. "Estava sozinho em casa, tomando remédio para labirintite. Fui cair na asneira de tomar uma cerveja. Aí fiquei pensando, me deu uma revolta, escrevi [o bilhete]", seguiu.

O idoso disse que ficou revoltado quando lembrou que o imóvel onde fica a Paróquia São Miguel Arcanjo, na Mooca, foi doação da família dele à Igreja Católica. O homem afirmou que vai procurar uma maneira de anular a doação do prédio.

 

"O trabalho do padre com os pobres é elogiável até. Um detalhe é que minha família doou aquela igreja para culto religioso, não para um ambiente de partido político. Famílias de bem frequentavam a igreja e se afastaram", completou.

 

"Não tem ameaça de morte nenhuma. Sobre o reinado que vai acabar, o que eu quis dizer foi que vou levantar juridicamente como está a finalidade da doação [da igreja], ela é de fruto religioso. Se tiver brecha judicial, vou anular essa doação, é isso que vou fazer", afirmou o idoso.

 

O bilhete

 

O Padre Júlio Lancellotti publicou, neste domingo (27), a foto do bilhete com xingamentos e ameaças. O bilhete o descreve como sendo um "padreco de merda" e "petista vagabundo", além de dizer que ele é "defensor dos direitos de bandidos".

 

"O caso foi registrado como injúria e ameaça. O autor é conhecido da vítima denunciante e disse em depoimento que não pretendia fazer, efetivamente, mal a ela. O padre foi orientado quanto ao prazo de seis meses para representar criminalmente contra o autor", declarou em nota a Secretaria de Segurança Pública.

 


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