A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) segue investigando a morte da jovem Júlia Vieira Ribeiro, de 24 anos, que teve o corpo encontrado dentro de uma lixeira em Madureira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no domingo (11/9), após desaparecer em 3 de setembro.
A família e amigos de Julia tentam entender o que acarretou o desaparecimento, a morte e o aparecimento do corpo esquartejado na lixeira.
O g1 conversou com uma amiga de Júlia que disse que sua última mensagem no status do Whatsapp, postada na noite de 2 de setembro, era de que ela iria sair para encontrar o namorado.
"Eles estavam juntos uns dois, três meses. Ela me disse que ia ganhar um telefone dele e que iriam morar juntos. Perguntava quem era, e ela não falava o nome. Brincava dizendo que era casado, por isso tanto mistério, e ele dizia que não", lembra a amiga, que não quis ter o nome revelado ao G1.
A amiga também rebateu rumores de que ela concedia informações sobre o tráfico local para outras facções. "As pessoas falam que ela estava passando informação (do tráfico). Não acredito nisso porque ela sempre morou em comunidade. Nasceu e foi criada ali, e sabia muito bem como as coisas funcionavam. Acredito que ela possa ter se envolvido com alguém de outra comunidade e o tráfico local achou que ela estava passando informação", contou a amiga.
A mulher também diz que tanto família quanto amigos anseiam por um desfecho para o caso. "Acredito que ela pode ter sido inconsequente e se apaixonado por quem não devia. Ela era jovem, bonita. Só queríamos entender porque ela ficou sumida tanto tempo e depois apareceu desse jeito, com essa crueldade toda", diz a amiga.
Ainda segundo ela, os dois filhos de Júlia estão com uma tia da jovem. O sepultamento dela ocorreu na terça-feira (12/9), no Cemitério de Irajá.
Disque denúncia
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que assumiu o caso, abriu um disque denúncia, nesta terça-feira (12/9) pedindo informações que possam ajudar na investigação que apura as circunstâncias e os responsáveis pela morte.
A Delegacia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido cometido por traficantes da região, por causa da brutalidade.
Quem tiver informações sobre a identificação dos envolvidos na morte de Julia pode denunciar de forma anônima ao Disque Denúncia, pelos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177.