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Estado de Minas DURANTE GREVE DO METRÔ

Aluno acusa professor de ameaçá-lo com faca em universidade de São Paulo

Em imagens compartilhadas pelas redes sociais, estudante diz que foi abordado pelo docente durante a paralisação de aulas na instituição


03/10/2023 11:54 - atualizado 03/10/2023 12:52
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Um vídeo em que um aluno da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) acusa um professor de agressão viralizou nas redes sociais nesta terça-feira (3/10). O estudante diz também que o docente o ameaçou com uma faca durante a briga.


As imagens foram compartilhadas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição. O vídeo começa com uma correria e uma voz feminina pedindo para que todos fossem para fora. Em seguida, o estudante Gustavo Bispo, que é diretor do DCE, dá sua versão do acontecido. “Acabou de me jogar no chão e tentar me esfaquear. Ele não me esfaqueou porque eu joguei a mesa em cima dele, mas um professor pegou meu braço, me jogou no chão e levantou uma faca para mim. Isso é um absurdo que aconteça”, relata. 


Em seguida, é possível ver dois homens brigando no chão, enquanto outras pessoas gritam, pedindo ajuda. Os seguranças da Unicamp precisaram apartá-los. A briga aconteceu durante um ato de estudantes e trabalhadores da universidade, em em apoio às greves de metrô e trens realizadas em São Paulo. A comunidade acadêmica protesta contra a privatização e a precarização das instituições públicas de ensino.


"Quando a gente tava tentando conversar e fazer um diálogo sobre a paralisação que está acontecendo, esse professor veio pra cima de mim, segurou no meu braço e me jogou no chão”, disse Gabriel. Além dele, outro aluno da universidade,  João Gabriel, do Centro Acadêmico de Filosofia, disse que foi atingido com spray de pimenta no rosto, pelo professor.


O docente foi levado por policiais militares e saiu do local dentro da viatura, com o rosto coberto com uma camiseta. Os estudantes dizem que o homem foi levado para uma delegacia. Não há informações sobre feridos.

‘Contra a perseguição’

Professor ameaça aluno com faca na Unicamp
Professor teria se negado a dialogar com os estudantes. Os alunos relatam que tiveram dificuldades em segurar o homem até a chegada da PM (foto: Reprodução/ redes sociais)

Nas redes sociais, o DCE informou que o professor dava aula de Cálculo e não quis liberar os alunos para a manifestação. “Enquanto se mobilizavam em defesa da paralisação pelos serviços e universidades públicas e pela implementação das cotas trans, democraticamente aprovada pelos alunos em assembleia ontem, dois alunos foram agredidos por um professor fascista. Enquanto um aluno avisava em sala sobre a paralisação no dia de hoje, o professor partiu para cima dele com uma faca e ele teve que se defender sozinho contra o ataque. Depois, o professor ainda partiu para cima de outro aluno com spray de pimenta”, diz o post.


A organização dos estudantes culpabiliza a “cultura fascista e racista organizada pelo bolsonarismo”. “ Contra a perseguição política a es estudantes que lutam e pela vivência universitária des alunes negres na universidade”, pedem no post.


A publicação termina com a exigência da exoneração imediata do professor e sua prisão, “visto que cometeu um crime que conta com testemunhas, fotos e vídeos”. Nos comentários, alguns alunos apontam quem possivelmente é o docente envolvido. Em seu perfil, há diversas postagens com facas e armas de fogo


Em nota, a reitoria da Unicamp repudiou os atos de violência ocorridos e disse que tomará providências administrativas. “A conduta do docente, para além do inquérito policial instaurado, será averiguada por meio dos procedimentos administrativos adequados e serão tomadas as medidas cabíveis”, aponta a assessoria de imprensa da instituição. 


A universidade também pediu calma para resolver conflitos. “Ressalte-se, ainda, que a Reitoria vem alertando que a proliferação de atos de violência com justificativa ou motivação política não é salutar para a convivência entre diferentes. É preciso, nesse momento, calma e serenidade para que os conflitos sejam tratados de forma adequada e os problemas, dirimidos”, finaliza a nota. 

 


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