O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que o estado fluminense vai combater de forma implacável as organizações criminosas responsáveis pela execução dos três médicos em um quiosque na orla da Barra da Tijuca na madrugada da última quinta-feira (5). Castro chamou essas organizações de verdadeiras máfias e prometeu que as investigações avançarão mesmo com a identificação dos executores do crime na madrugada desta quinta-feira.
Leia Mais
Homens que executaram médicos 'por engano' teriam sido mortos por facçãoPolícia acredita que médico assassinado foi confundido com milicianoOrtopedista mineiro estava no mesmo quiosque pouco antes de colegas mortosOperação em resposta à morte dos médicos tem mil policiais no Rio Israel encontra 260 corpos em local de rave após ataques do Hamas
Castro prometeu que fará um "combate implacável" contra a máfia "sanguinária, violenta e fortemente armada, que tem que ser combatida com dureza pela mão forte do Estado".
Leia: Quem são os suspeitos encontrados mortos após matarem médicos no RJ
Na entrevista, ao lado do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, com quem Castro se reuniu no final da manhã, no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, o governador apontou que o compromisso com a segurança pública vai além de ideologias.
“É um problema do Brasil e temos que parar de achar que é pontual. Só conseguiremos ter sucesso no combate à criminalidade se for um combate de todos: estados, governo federal e prefeituras. Não é uma briga de traficantes e milicianos. É uma verdadeira máfia, que tem verdadeiramente entrado nas instituições, nos poderes, no comércio, nos serviços, inclusive no sistema financeiro nacional”, reforçou o governador.
Leia: Médico sobrevivente de ataque no Rio grava vídeo: 'Só algumas fraturas'
Ele ressaltou, ainda, que a investigação da Polícia Civil do Rio (PC-RJ) já tinha a confirmação dos autores do crime “brutal” contra os médicos, em menos de 12 horas, mas que as forças do estado foram surpreendidas pela ação das “máfias” com seu “pseudo-tribunal do crime”, que eliminou os executores.
“O que nos parece é que até eles se indignaram com a ação dos seus próprios e fizeram essa punição interna. Temos que achar, inclusive, quem cometeu esse segundo assassinato. O Estado não se abala. É óbvio que eles já sabiam quem tinha sido, foram à frente e puniram eles. Tem que ver se foram todos, se tinha mais gente envolvida, a investigação não muda em nada”, garantiu Castro.