"Passei pelo Senegal, Gâmbia, Guiné Bissau, Guiné, Serra Leoa e acabei de chegar na Libéria", relatou a na publicação postada por volta das 21h45 desta segunda. O vídeo foi gravado na capital Monróvia.
"Sofri assédio em uma das fronteiras e tive que mudar a rota para não ser seguida ou acontecer algo. O último vídeo que enviei para minha família foi chorando após o assédio e em seguida fiquei sem contato", afirmou.
Jornalista e moradora na Vila Carrão, zona leste de São Paulo, Nataly tem cerca de 121 mil seguidores na página que criou no Instagram para relatar suas viagens.
Ela diz ser a primeira brasileira visitando todos os países –coloca os 200 países reconhecidos pela ONU (Organizações das Nações Unidas) como meta— e se rotula como uma nômade digital.
No domingo (29), a prima Nayane Carolline, que diz ser assessora da influenciadora, fez uma publicação na página de Nataly dizendo que ela teve contato com a família havia 48 horas e que fazia 24 horas que um contato tinha visto a brasileira pela última vez.
"Ela estava na Guiné rumo a Serra Leoa e desde então não sabemos mais nada", afirmou o texto. "Desde então, não sabemos mais nada. Ela faria um tour e logo viajaria", completa. "Apesar dela não ter postado nada esses dias, a Nataly sempre entra em contato com a nossa família."
No inicio da tarde desta segunda, uma nova publicação na página da influenciadora disse que uma seguidora havia conseguido localizá-la e que ela iria para um aeroporto buscar internet para falar com a família.
Segundo Nataly, como estava sem internet na Guiné para usar WhatsApp, pediu a uma pessoa que havia conhecido para avisar sua família que estava bem.
O vídeo desta segunda foi gravado na casa de uma pessoa conheceu na fronteira da Libéria quatro horas antes e que lhe ofereceu hospedagem.
"Ela deu o chip dela e pus 10 dólares de crédito para poder fazer aqui o vídeo para poder atualizar. Vi o reboliço e recebi ajuda de quem nem imaginava", afirmou, sobre a polêmica envolvendo seu suposto desparecimento.
A brasileira disse que preferiu fazer o trecho da África via terrestre por que não conseguiu juntar dinheiro para bancar as viagens aéreas.
Nos últimos dias, contou ter se alimentado de bolachas e frutas, para evitar comida desconhecida, e que estava tomando banho gelado de caneca.
"Dormi em um galpão em uma fronteira com vários colchões. Tinha rato e barata", afirmou. "Precisava passar por isso? Enfim, faz parte da jornada."