Lula, recentemente, disse – é fato notório a dispensar comentos – que não era mais um homem, mas uma "ideia". Confesso ter ficado chocado. Hitler pregava a supremacia da raça ariana pura e o extermínio dos semitas, o lado oposto (para ele e o partido nazista). Jesus, que não era político como ele, mas líder religioso e jamais disse ser uma "ideia", pregava a solidariedade e o amor ao próximo ante a iminente chegada do "reino". Esse reino, para Iscariotes, que se decepcionou no final, seria mesmo na Terra. A espiritualidade de Jesus nunca foi sistêmica nem categórica. Usava parábolas. Não escreveu um bilhete sequer e os evangelhos (os quatro canônicos) foram escritos nos 150 anos seguintes à sua morte na cruz. Hitler e Jesus são figuras ímpares, para o bem ou para o mal, como outros tantos na história da humanidade. Agora, vem Lula e diz que virou "ideia": política como a do nazismo? Religiosa como a de Antônio Conselheiro nas caatingas do sertão da Bahia?.
Parece plausível essa última ilação. Lula, que detesta ler (tem dificuldade de fazê-lo também), estaria aproximando-se de um surto esquizofreniforme com derivação paranoide – mania de grandeza e perseguição?. No primeiro turno das eleições, isso não me saía da cabeça. Toda hora Haddad se dizia Lula e a sua campanha insistia que Lula era Haddad... Fiquei curioso em saber a razão de Lula (ou seria Haddad?) prometer o oposto do que foi feito antes. Era insano. Coisas assim explicam a irritação do eleitor. Há algo místico, perigoso, pervertido no PT, e cada dia me convenço mais, afora a gana babosa pelo poder e suas delícias, honras e prerrogativas...
Mas deixemos de lado esse enfoque. Virou mania da "fantástica" imprensa escrita, falada e vista dizer que o Bolsonaro é impetuoso e direto (quem não sabe?) e que precisa mostrar seu plano de governo. Ora essa! Tanto Haddad quanto Bolsonaro, em mais de 400 páginas, já colocaram seus programas na internet. A imprensa brasileira – precária e subdesenvolvida – é que não organiza eventos para esclarecer o povo. Quer apenas debates de parcos minutos – para passar seus comerciais na TV (querem é dinheiro).
Vamos ver se ajudamos. O Dirceu Xavier nos fez outro dia um resumão e com isso contribuímos para o esclarecimento da questão, a saber: 1) Ideologia de gênero – para Bolsonaro: igualdade (p. 6); para Haddad: bolsas para travestis e transexuais (p. 21). 2) Presídios – Bolsonaro: prender bandidos e mandar para os presídios, fim da progressão da pena (sair cumprido um sexto da mesma) e nada de saídas temporárias (p. 30); Haddad: reduzir a população carcerária (p. 32). 3) Propriedade privada – Bolsonaro: reforçar e não relativizar (p. 41); Haddad: retirar a criminalização das invasões "sociais" de terras pelo MST e assemelhados (p. 50). 4) Impostos – Bolsonaro: redução da carga e aumentar a participação dos municípios; Haddad: tributar os dividendos dos acionistas, embora o lucro líquido já tenha sido tributado. (Bis in idem) e arrochar o imposto territorial dos proprietários rurais (p. 56). 5) Imprensa: Bolsonaro: nenhum controle da mídia (p. 7); Haddad: controle social (?) da mídia (p. 16). 6) Lava-Jato – Bolsonaro: não quer nenhuma interferência (p. 15); Haddad: reformar o sistema de Justiça e reduzir os poderes do Ministério Público (pp. 6,15). 7) Ministérios – Bolsonaro: reduzir de 29 para 9 (p. 17); Haddad: criar mais seis (pp. 19, 20 e 55). Empresas privadas – Bolsonaro: empreendedorismo; Haddad: aumentar cotas para negros nas empresas privadas (pode isso?). É pura demagogia, quer cooptar a população negra, é um sem-caráter, como só acontece no PT. 8) Ditaduras socialistas – Bolsonaro: quer pressioná-las, cobrar o que nos devem (p. 79); Haddad: quer ajudar a desenvolver a infraestrutura delas (Bolívia, Venezuela, Angola, Rep. Equatorial do Congo etc.).
Bem, a lista é grande, passa pelo agronegócio, sindicalismo (temos 16 mil sindicatos – não há precedente no mundo, em nenhum lugar), reforma agrária, terras indígenas, política industrial etc. De um lado, temos Bolsonaro liberal e Haddad intervencionista e comunista. O pior é que Haddad, como Chávez e Maduro, quer uma nova Constituição para implantar o socialismo. Isso não podemos tolerar. Esse Haddad nunca advogou na vida, não sabe nada de direito e só faz politicar. O Ministério da Educação foi dirigido por seu secretário-executivo. Jamais foi vereador, deputado estadual ou federal. Seremos nós idiotas? Só mesmo no Brasil.
Quando foi prefeito, tentou se reeleger. Teve 16,2% dos votos. Isso quer dizer que sua gestão foi uma desgraça para a cidade de São Paulo. É nós, os brasileiros, vamos votar nele? Prefiro os 28 anos de Congresso Nacional de Bolsonaro, sempre contra o PT, contra o crime, a favor da polícia e da ordem! O nazismo passou. O fascismo passou. O comunismo passou, mas com sangue.
Vamos acabar com o lulopetismo sem sangue, no voto!