Jornal Estado de Minas

Estimular o empreendedorismo entre os alunos

Regina Fátima Balderrama dos Reis
Professora do ensino fundamental – anos iniciais do Colégio 
Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP)
 
 
 
A escola pretende formar cidadãos protagonistas de sua própria história e capazes de transformar a sociedade. Não é possível educar sem incentivá-los a se tornar empreendedores.



Pessoas com postura empreendedora enfrentarão, durante a busca do sucesso, diversas situações que testarão suas emoções. A postura para lidar com esses cenários pode representar a diferença entre o sucesso e o fracasso do negócio e também pode fazer a diferença na vida pessoal do empreendedor.

Empreendedores devem saber que viver em sociedade é um mar de experiências positivas e negativas e eles devem buscar alternativas e encontrar soluções quando se deparam com problemas.  

O código do empreendedorismo alicerça o processo de observação, dedução, indução, raciocínio esquemático. Esses códigos financiam as descobertas imediatas e nos dão subsídios para produzir soluções não vistas e saídas não enxergadas. Para ser empreendedor, é necessário irrigar o pensamento crítico e aprender a pilotar a mente. Para ser um empreendedor, o estudante não pode apenas ter boas ideias. Ele precisa ser capaz de tirá-las do papel e fazê-las acontecer.

De acordo com estudo da consultoria McKinsey, no Brasil, 39% da população economicamente ativa é dona do próprio negócio.

No Colégio Marista Arquidiocesano, localizado em São Paulo (SP), a educação financeira faz parte do aprendizado. As crianças aprendem que, ao pensar em economia, devem desenvolver boas atitudes. Para que isso ocorra, esse tema deve sempre fazer parte das discussões com as crianças, para desenvolverem a colaboração, a partilha e o consumo consciente.



Um exemplo é o valor que se dá ao estudo. Se dermos importância para os investimentos nos estudos, poderemos, um dia, ter uma profissão. Se nos dedicarmos para o que realmente gostamos, o trabalho que fizermos para o próximo poderá nos trazer grande satisfação.

No projeto de intervenção social (PIS) "Dinheiro para que te quero no mundo infantil e no futuro de gente grande", produzido no Arquidiocesano por alunos do ensino fundamental – anos iniciais, estimulamos a exploração, abordando as consequências do bom uso do dinheiro a longo prazo. O PIS é uma prática pedagógica marista que promove o diálogo, o protagonismo, permitindo entender as necessidades humanas e sociais, questioná-las e traçar caminhos para enfrentar as problematizações contemporâneas.

Nessa atividade, convidamos uma empresária empreendedora, proprietária de um hostel, para um bate-papo em sala de aula. Ela demonstrou aos estudantes como é bom empreender, ter sua própria empresa e os desafios de administrar o próprio negócio e gerar empregos.

Cada aula destinada ao projeto faz com que as crianças tenham contato com diferentes realidades e adquiram novos conhecimentos de como uma boa educação financeira pode impactar o futuro de forma positiva.

As ações, diante das vivências oportunizadas pela atividade fazem com que as crianças reflitam e interajam diante da possibilidade de se tornarem pessoas melhores quando a questão envolve o valor dado às diversas possibilidades que o dinheiro proporciona.