Vinicius Callegari
CCO e head de Desenvolvimento Comercial da GaussFleet, plataforma de gestão de máquinas móveis para mineradoras e siderúrgicas
De forma bem simples e didática de entender, digitalização dos negócios nada mais é que levar todas as informações e processos da empresa que são realizados de forma manual e descentralizada no off-line para um ambiente digital, dentro do universo on-line. Dependendo da atividade, esses dados podem até continuar tendo inputs manuais em um sistema, mas estarão totalmente “trackeados”.
Empresas que hoje possuem sua operação ou implementaram processos digitais em seus negócios têm se tornado mais competitivas no seu mercado e ainda têm tido mais facilidades na captação, gestão, acompanhamento e compartilhamento de dados que são essenciais para toda operação. Como ainda estamos no enfrentamento de uma pandemia, operações que possuam um maior nível de digitalização em seus processos conseguem realizar gestão a distância em alto nível.
Todos os modelos de negócios, de modo geral, têm muito a ganhar com as diversas soluções que a tecnologia oferece hoje, inclusive a indústria. Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em 2020, 54% dos players adotaram de uma a três tecnologias digitais e todas mantiveram ou obtiveram um crescimento superior ao do período pré-pandemia. Entre as ferramentas mais buscadas estão o Big Data, impressoras 3D e simulações computacionais.
Provavelmente, as soluções buscadas por essas indústrias foram importantes para que elas pudessem medir com mais clareza e eficácia todos os processos da operação e promover mais agilidade na comunicação. Por consequência, conseguem aumentar a produtividade no campo, e ainda, obter informações de forma mais precisa para uma melhor tomada de decisão.
Outro bom exemplo da digitalização dos negócios é no setor de siderurgia. Nesse segmento, se uma organização não investir em ferramentas digitais pode acabar pagando, pelo menos, 15% a mais nos contratos para gerir a produtividade das máquinas móveis e com uma frota em atividade pelo menos 10% além do que seria necessário. Ou seja, são centenas de milhões ao ano, escondidos ou jogados fora.
Enfim, a partir do momento em que uma companhia possui processos digitalizados e automatizados por meio de internet das coisas (IoT) e faz uso de uma plataforma robusta que transforme essa massa gigantesca de dados em conhecimento para gestão e tomada de decisão, o próximo passo é adicionar Big Data e inteligência artificial aos processos, proporcionando mais agilidade nas informações e, consequentemente, redução de custos e aumento de receita.