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Quem sofre com o fim do home office

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Gregório José
Radialista, jornalista, filósofo. Pós-graduado em gestão escolar e em políticas públicas. MBA em gestão pública
 
 
Dia desses, estava conversando com um amigo e ele me disse que o cachorro da família parece “estressado”, tendo picos que levam de docilidade a ataques infundados e desmotivados por qualquer situação. Parece nem ser seu cachorro.




 
Enquanto conversávamos, fui indagando, como um psicólogo. Mas sou formado em filosofia e fui tentando entender o motivo da ação canina contra seu dono e familiares.
Primeiro, ele disse que o cachorro, antes dócil, estava tendo ataques e surtos, mordendo tudo que via pela frente. De chinelos a estofados, almofadas e tudo mais. Depois, tinha raiva quando alguém se aproximava dele. O que não fazia antes.
 
Opa! Antes. Mas antes do quê?
Ele ficou 10 meses em home office. Ele, a esposa e o filho, que estava fazendo aulas on-line. Perguntei-lhe se as mudanças de humor ocorreram antes ou depois deste retorno ao serviço presencial na empresa. A resposta foi: depois.
 
Aí me dei conta de que o cachorro estava sofrendo com a ausência dos donos. A esposa ficou apenas três meses trabalhando em casa, mas ele passou 10 meses tendo o cãozinho ao seu lado. E, agora, estava em sofrimento de solidão. Mas não só isso. Podem acontecer picos de depressão, ansiedade, tristeza ou outro tipo de transtorno. Portanto, terá que passar por um tipo de terapia.
 
Quem está há mais tempo em casa e tem bichinhos de estimação é bom ir preparando-o para o retorno ao serviço. Passe algumas horas por dia fora do lar, deixe vestimentas próximas de onde o animal goste de ficar (assim, sentirá o cheiro e ficará seguro); nada de ficar acariciando o bichinho ao sair de casa ou fazer aquela festa quando voltar. Aja naturalmente. Isso contribui para que o animal sinta-se seguro.
 
Por fim, evite ficar afagando e pegando o bichinho no colo. Isso faz com que o animal sinta falta desses momentos. Ajude, não frustre! 
 




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