Alexandre Silveira
Presidente do PSD de Minas e secretário-geral do partido
“Minas não seria fiel a si mesma se abandonasse sua instintiva inclinação para sentir e realizar os interesses fundamentais de toda a nação.” A frase é bem antiga, quase 80 anos, e faz parte do Manifesto dos Mineiros, documento lançado em 24 de outubro de 1943 por um grupo de importantes lideranças de Minas em defesa da democracia.
O cenário que vivemos hoje no Brasil exige novamente a participação efetiva e decisiva de Minas na busca de uma alternativa para a Nação. O país está completamente fraturado pela polarização política, abatido pela crise social aguda, pelo aumento vergonhoso da pobreza, desemprego nas alturas, inflação fora de controle, custo de vida escorchante. É uma tempestade perfeita que exige o que a mineiridade tem de melhor e mais característico: a capacidade de superar divergências.
Assim como dito no Manifesto dos Mineiros lá do início da década de 1940, também hoje Minas não seria fiel a si mesma se não exercesse sua inclinação para o diálogo, pelo entendimento, pela serenidade, pelo equilíbrio. E Minas se manifesta cedendo ao Brasil a sua maior revelação de homem público, um líder forjado no respeito às leis e ao Estado democrático de direito, que é o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, o mais novo integrante do PSD.
Em seu primeiro mandato como senador, foi eleito presidente do Senado com o apoio de diversas correntes partidárias, exatamente por conta de seu perfil conciliador e gosto pelo diálogo. Faz, na Câmara Alta, um trabalho notável, o que já havia feito no seu primeiro mandato como deputado federal, quando ocupou a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Câmara dos Deputados.
Num momento em que o país enfrentou a mais grave crise sanitária da sua história, a pandemia do coronavírus, coube a Rodrigo, na condição de presidente do Congresso Nacional, a missão de ajudar o Brasil a superar esse drama. É dele a proposta que permitiu ao país importar outras vacinas contra a COVID, que imunizaram e salvaram milhões de brasileiros – ainda que tenhamos de conviver com a dolorosa e vergonhosa marca de mais de 600 mil mortes pela doença. Numa época em que a verdade é contestada a todo tempo pelas fake news, Rodrigo Pacheco fez uma opção clara pela ciência, em favor da vida.
Sim, Rodrigo é de temperamento sereno, tranquilo, calmo. Mas já demonstrou, por diversas vezes, quando necessário, que é firme e intransigente na defesa de princípios caros à República. Muito recentemente, teve que levantar a voz, do alto de sua autoridade, para defender, de forma contundente, a nossa jovem democracia.
Jurista dos mais renomados do Brasil, apesar de muito jovem, Rodrigo Pacheco tem grande preparo intelectual e perfil muito parecido com o do maior estadista deste país, que foi Juscelino Kubitschek. JK, que assumiu a Presidência num clima tenso, também marcado pela polarização, superou todos os obstáculos ao aparar arestas e conquistar até mesmo os adversários na sua busca pelo bem comum. Rodrigo Pacheco é um herdeiro legítimo dessa tradição de mineiridade, essa palavra que muito mais do que identificar uma origem geográfica significa a capacidade de exercer a boa política pelo diálogo e pelo respeito às diferenças.
O também ilustre jurista Afonso Arinos, certa feita, definiu JK como o Poeta da Ação. Eu diria que Pacheco é o poeta da conciliação, do equilíbrio, da convergência, do diálogo. E, não há dúvida, é disso que o país está mais precisando. Minas, mais uma vez, será chamada para ajudar o Brasil a sair dessa crise que se arrasta por anos. E o nome para liderar essa cruzada é Rodrigo Pacheco.