Valdez Monterazo
Associado sênior na Sociedade Brasileira de Coaching,
especializado em negócios, liderança e psicologia positiva
Supervisionar atividades e resultados da equipe é um dos maiores desafios para inúmeros líderes. São muitos os que não gostam de cobrar e supervisionar, têm medo de ser invasivos, incomodar ou perder o relacionamento com a equipe. Outros fazem isso de maneira exagerada. Microgerenciam cada atividade, cada decisão e não dão a autonomia necessária para que o time exerça sua função de maneira otimizada.
Acontece que uma equipe tensionada ao extremo ou largada não produz como deveria. Supervisionar está relacionado a garantir que as atividades delegadas serão realizadas e que as prioridades não serão esquecidas. Nesse sentido, fica a pergunta: como supervisionar de maneira otimizada?
Para fazer isso, é importante sempre avaliar o nível de competência e expertise do colaborador. Para cada fase de desenvolvimento, uma forma e um nível diferente de energia são investidos.
Baixa competência: Essa fase é a que exige maior energia na supervisão e formação do colaborador. Alguns pontos para se ter em mente incluem: direcionar e ensinar o colaborador como fazer, montar o planejamento e agenda de checkpoints, monitorar cada etapa e dar feedbacks constantes.
Média competência: Aqui ele está mais familiarizado com as atividades, mas ainda não está plenamente apto a executar sozinho. Nesse ponto, tire dúvidas sobre a execução da atividade, monte planejamento e agenda de checkpoints junto ao colaborador e dê feedbacks nos checkpoints.
Alta competência: A partir deste nível, a energia gasta em supervisão de atividades diminui drasticamente. De toda forma, se atente aos seguintes pontos: apresente a tarefa e o resultado desejado, peça para o colaborador montar e apresentar planejamento e checkpoints menos frequentes e quando achar necessário.
Expert: Ao lidar com experts, a energia de supervisão é mínima, é onde todo líder deve mirar quando se trata do desenvolvimento do time. Apresentar tarefa e resultado esperado, fazer checkpoints quando achar necessário e dar feedback ao final do processo.
Talvez você já tenha percebido ao ler cada modelo de supervisão e formação do time, mas vale a pena deixar claro: quanto maior a energia de formação, direção e treinamento do time, menor a energia de supervisão. Portanto, não economize tempo e energia em capacitar seus colaboradores até que se tornem experts em suas funções.
E você? Como vem exercendo a supervisão dos seus times?
Convido você a refletir sobre a melhor forma de supervisão baseado no nível de cada liderado que você possui. Ao fazer isso, você estará otimizando seu tempo e o dele.
Espero que ao ler até aqui, você tenha tomado posse de insights poderosos para melhorar a sua gestão e, assim, aumentar drasticamente a performance dos seus colaboradores.