Daniela Lopes
CEO da Blue
Cada vez mais, a tecnologia da informação (TI) está sendo colocada no centro do negócio das empresas. Com o avanço da transformação digital, impulsionado pela pandemia da COVID-19, a necessidade de evidenciar a TI nessa posição tornou-se uma questão de sobrevivência e, desde então, ela deixou de ser vista somente como uma área de apoio, passando a ser considerada o eixo de sustentação de toda a operação. Vamos entender o porquê disso.
Antes de mais nada, é preciso destacar que o setor de TI, por si só, deveria ser considerado um dos mais estratégicos pela própria natureza de suas atividades. Afinal, ele é capaz de manter toda a corporação conectada e em pleno funcionamento, tornando o negócio mais produtivo e competitivo. Basta lembrarmos como a tecnologia foi fundamental para alavancar a economia global nos últimos dois anos, viabilizando o home office, os aplicativos de entrega, entre outras atividades, garantindo a evolução da indústria como um todo.
Mas seu uso crescente também trouxe desafios: o surgimento de um novo perfil de consumidor, muito mais exigente, antenado às novidades, e que busca uma ótima experiência de relacionamento no mundo virtual, aderindo cada vez mais ao e-commerce. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o salto nas vendas on-line em 2020 foi de 68% em comparação a 2019. Isso fez com que as empresas iniciassem uma corrida contra o tempo para se adaptar a esses novos hábitos, investindo em soluções de ponta para se tornarem mais digitais e mais inovadoras, a fim de fidelizar, atrair e reter novos clientes e se destacar da concorrência.
Diante desse cenário, podemos afirmar que investimentos em tecnologia e nos profissionais que fazem a roda da inovação girar serão fundamentais para ditar o sucesso das empresas nos próximos anos. Mesmo em uma realidade de crise com empresas fechando a todo momento, o setor de TI demonstrou sua força, representando ser a saída para aqueles que buscam reestruturar seus modelos de negócio e superar o momento que estamos vivendo.
Esse boom no uso da TI ainda trouxe uma coisa boa: a geração de empregos em todo o mundo. No Brasil, não foi diferente. Em 2021, o país registrou um crescimento de 185% nas vagas em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em contrapartida, enfrentamos o gap de talentos para preencher essas vagas. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), existe um déficit de 24 mil especialistas anualmente no nosso país.
Encontrar pessoas capacitadas para preencher essas vagas tem sido um dos maiores desafios das organizações hoje e continuará sendo nos próximos anos, pois a revolução digital chegou pra ficar. Quem não estiver preparado para ela, com profissionais capacitados que as ajudem a manter a TI no centro de tudo, tanto para dar mais eficiência e reduzir custos, como para impulsionar novos projetos em tempos de expansão, certamente ficará para trás.