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Incentivar o empreendedorismo é a saída para reaquecer a economia

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Paulo Castro
CEO e cofounder do Contbank

O empreendedorismo aparece de várias formas na vida das pessoas: algumas veem a realização de um sonho, outras como uma maneira de ter mais flexibilidade e gerar mais renda do que em um emprego CLT. Tem também aqueles que veem no empreendedorismo a última alternativa pela crise econômica e de desemprego no país. Apesar de conhecermos propósitos muito diferentes, todos começam da mesma maneira: com a abertura de uma micro ou pequena empresa, em geral contando com o suporte especializado de um contador.





De acordo com um estudo realizado pelo Sebrae com dados da Receita Federal, apenas no primeiro semestre de 2021 foram abertos mais de 2 milhões de pequenas empresas –  número 35% maior do que no mesmo período de 2020, no início da pandemia. Ainda de acordo com o estudo, as microempresas foram as que representaram maior aumento: saíram de pouco mais de 267 mil para mais de 390 mil, um crescimento de 46%.

A tendência é que esses números continuem a subir justamente pelo perfil do empreendedor que buscou essa alternativa para driblar o desemprego. A retomada econômica ainda é muito lenta e conta com mais uma inimiga: a inflação. Em 2021, a acumulada dos 12 meses chegou ao alarmante índice de dois  dígitos.
Com o poder de compra reduzido, as famílias brasileiras precisam encontrar maneiras de gastar cada vez menos, o que afeta diretamente o pequeno empreendedor. Por mais que encontre em sua microempresa uma ponta de esperança para um recomeço, é o que mais vai sentir dificuldade ao fazer o seu negócio sobreviver.





Uma das saídas que pode reduzir o problema é uma política tributária mais favorável para as pequenas e médias empresas. A alternativa pode ajudar a reaquecer a economia e permitir que uma parcela da população consiga sobreviver de seu negócio e, consequentemente, colaborar para a roda da economia girar de uma maneira mais saudável.

Incentivar o empreendedorismo com a redução de impostos seria apenas uma das medidas para mudar o cenário ainda muito incerto para o empreendedor brasileiro. O regime diferenciado ao qual estão sujeitas as microempresas e os MEIs já é uma vitória para o empreendedor, já que é menos burocrático e mais barato. O fato é que, diante de tantas dificuldades causadas por uma série de fatores, políticas direcionadas a quem quer empreender precisam se adaptar, a fim de garantir a saúde dos negócios e a geração de mais empregos.