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Estado de Minas artigo

Ainda é possível humanizar as redes sociais

Estudo aponta que 1 em cada 5 brasileiros sofre com a síndrome causada pelo esgotamento mental na vida profissional


17/11/2022 04:00



Bellmond Viga
Cofundador e diretor de Operações da Kornerz


Quem nunca teve uma briga no WhatsApp atire a primeira pedra! O dito popular bíblico pode ilustrar o alcance do aplicativo de mensagem. Com mais de 120 milhões de brasileiros no zap, o país é o segundo maior mercado da empresa, atrás apenas da Índia. Tamanha popularidade traz consequência para o bem e para o mal. 

Durante o período eleitoral, vivenciamos o compartilhamento nas redes de fatos contraditórios. Em maio, o Ministério Público Federal havia alertado sobre o aumento de fake news pelo WhatsApp. Em anúncio recente, o mensageiro contará com comunidades, grupos de até 1.024 participantes e chamadas de vídeo com 32 pessoas. A novidade deve chegar ao Brasil no próximo ano. 

O WhatsApp é também muito presente nos negócios. A pesquisa TIC Empresas, divulgada pelo CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil), o WhatsApp superou o Facebook entre 2019 e 2021 e se tornou a plataforma mais popular entre as empresas. Hoje, 72% delas têm uma conta no aplicativo. O app se mantém também como a maior base da Meta, com 3,71 bilhões de pessoas que a utilizam no mundo, de acordo com dados da plataforma.

Os números impressionam e, apesar do título desse artigo, sabemos da importância do aplicativo na conexão de pessoas e de empresas. Contudo, como tudo na vida, é preciso equilíbrio. Muitas vezes pode parecer impossível a mudança, mas é preciso começar, a tecnologia e as inovações precisam ser percebidas como um meio que permita à humanidade gerar bem-estar, desenvolvimento humano, autoconhecimento e romper barreiras sociais, uma nova abordagem e de impacto social. 

Prova disso está na pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O estudo aponta que 1 em cada 5 brasileiros sofre com a síndrome causada pelo esgotamento mental na vida profissional. Com isso, é possível entender que precisamos de uma saída e se autoconhecer é o primeiro passo para compreender seus limites e evitar o burnout. 

Quando chegamos no embate sobre quais esforços as redes têm em prol da saúde mental, escutamos empresas apostarem nas restrições de conteúdo nocivo, promoção de conteúdo de qualidade, ferramentas de controle para o usuário e contato direto com centros de prevenção, mas só isso é o suficiente? 

Talvez entender os benefícios de uma mídia focada no bem-estar e saúde mental é compreender a vida nos dias atuais. Muitos acabam não se sentindo parte de um lugar e são julgados por isso. Ao meu ver, uma nova cultura digital, uma web humanizada que se conecta a partir de uma perspectiva mais saudável e colaborativa. Deixando de dar espaço para notícias falsas para então trocar experiências, conhecimento, vivências obtendo uma vida mais leve e o emocional em dia. 


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