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Liderança não é um cargo, é um encargo

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Pedro Signorelli
Especialista em gestão, com ênfase em OKR
 
A todo momento somos bombardeados com artigos sobre o tema da liderança. Sabemos que toda pessoa tem poder de influenciar outras, seja porque tem, formalmente, um papel de comando, ou porque se relaciona com as demais em seu trabalho, por conta de suas responsabilidades. E é óbvio que cada um exerce sua liderança de uma maneira. Por isso, surgem perguntas de vários tipos e que se tornaram temas de cursos e aulas, e duas delas são: existe uma maneira correta de liderar? Qual é o perfil de um bom líder?

Em primeiro lugar devemos ter em mente algo que se aborda muito pouco ou com pouca profundidade: que liderança não é um cargo, é um encargo. E o que isso quer dizer? É que o papel de liderar é um serviço. Neste sentido, quanto melhor é um líder, mais capacidades ele tem para oferecer aos seus liderados e aplicar no momento ideal cada uma delas. Até porque, para cada momento – e cada pessoa – haverá uma necessidade diferente, e a sabedoria está em usar a ferramenta correta.





E é por isso que não podemos dizer que existe uma cartilha ou manual correto, tipo: você deve agir exatamente assim para ser um grande líder. Seguramente, o líder autocrático está fora de moda. Se, antes, podia fazer algum sentido – se é que fazia –, hoje a maioria das situações requer da liderança algo que soe mais como democrático, liberal e coaching, com habilidades de comunicação e planejamento. Que seja um bom executor e tenha capacidade de análise. Mas você deve se perguntar: você disse que não havia um perfil? Sim, as pessoas têm características inatas e outras que tiveram a capacidade de desenvolver, porém esse é o perfil desejado pela maioria das empresas, mesmo que pareça as habilidades de um super-herói, como dos quadrinhos.

Claro, que essas habilidades são necessárias – como uma caixa de ferramentas – para que a pessoa à frente da equipe saiba lidar com situações adversas e diversas. Por exemplo, em um momento de crise, ter boa capacidade de comunicação, análise da situação e planejamento e execução de curto prazo são fundamentais.

Além das habilidades pessoais, é papel de um bom líder reconhecer aliados para apoiar na sua gestão, sejam pessoas ou sistemas. E, para isto, existe uma ferramenta que pode ajudar bastante na tomada de decisões, que são os OKRs – Objectives and Keys Results, Objetivos e Resultados Chaves – já que são uma poderosa ferramenta de comunicação das prioridades para todos os momentos e devem ser feitas, como premissa desse modelo de gestão, de maneira concreta, específica, curta e engajadora.





A liderança consiste em tomada de decisões importantes que impactam todos ao seu redor, porém, não existe um perfil correto de líder, apenas, uma premissa de que, ao assumir tal função, você se empenhe em aumentar suas habilidades pessoais e coletivas, para que, quando necessário, saiba qual ferramenta  é melhor deva ser aplicada. 

Por isso, reafirmo: a liderança não é um cargo, é um encargo, é a sua responsabilidade diante de alguém, de um grupo, de uma organização! Você pode ser um líder nato, e se tornará um líder ainda melhor se aprimorar suas habilidades ao longo da vida, desenvolvendo, inclusive, a capacidade de escolher as melhores pessoas para ter ao  seu lado e as melhores formas e ferramentas de gestão.