Jornal Estado de Minas

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Gestão empática, firme e dinâmica está longe de ser contraditória



Raquel Schürmann 
gerente-executiva da Fritz Müller 
– Hub de Conhecimento

A engrenagem empresarial só funciona com assertividade quando todos os setores do negócio são munidos das ferramentas adequadas para suas funções – e nesse cenário, embora cada participante desempenhe um papel fundamental, o gestor é o agente propulsor da máquina corporativa.  

Seja no cotidiano, seja numa situação de crise, o líder é um canal de comunicação importantíssimo: é ele quem dá ao colaborador a voz de segurança, é ele o responsável por uma comunicação coerente e estratégica com o propósito da empresa – e isso impacta no engajamento do colaborador. Não há o que substitua o diálogo franco, aberto, humano, acolhedor e inspirador de um líder. 





Assim, investir em uma gestão atualizada conforme os movimentos do mercado é o que agrega valor ao negócio. É preciso revisar constantemente os processos internos, pois os cenários mudam – agora de uma forma ainda mais rápida. Por isso, formar bons líderes é um trabalho que nunca deve sair de foco; precisa ser encarado como um investimento com retorno garantido.

Enfrentamos um momento em que o modus operandi da gestão precisa evoluir e deixar de ser autoritário e diretivo. Não falamos mais de ‘gestão de pessoas’, mas sim de ‘gestão para pessoas’, com uma postura de convergência, de construção mútua das soluções mais adequadas com o propósito do negócio. Estar atento às possibilidades de capacitação neste viés, observando a matriz de conteúdo, o corpo docente e a metodologia, faz toda a diferença no processo de absorção das práticas que devem ultrapassar a teoria e servir de respaldo no dia a dia da corporação.  

Buscar novos saberes, lapidando a visão executiva, é um passo para sair da zona de conforto. Em meio à tomada de decisões diárias, nem sempre as ações estão conexas – o que coloca em xeque a efetividade dos resultados. Assim, por questões de sobrevivência num cenário tão competitivo, o profissional que está no cargo de líder deve pensar e agir como se fosse o dono do negócio, trazendo para seu cotidiano e dos seus colaboradores a perspectiva de mercado, postura e atitudes que contribuam com o crescimento da empresa.

Líderes, gestores, executivos e empresários têm um campo infinito de possibilidades para contribuir com o crescimento sustentável das corporações – e cabe a eles a implantação de processos cada vez mais dinâmicos, empáticos e firmes, numa realidade que mostra que a união desses fatores está longe de ser contraditória – mas que sim, já é um fato.