Vivian Lemos
Médica responsável técnica e CEO da Reconstruire -
Relações que constroem
Felipe Gasparinni
Psicanalista da Reconstruire - Relações que constroem
O profissional da enfermagem é aquele que tem a maior importância no ato de cuidar dentro da área de saúde. Todos que tiveram experiências com internações em hospitais ou em domicílio sabem como esses profissionais são fundamentais em seus cuidados. São assim, muito aguardados pelos pacientes e familiares, pois transmitem segurança e alegria nas situações mais difíceis.
São aqueles que assistem de perto o paciente, dão suporte ao médico, executam prescrições, atualizam prontuários, preparam instrumentos, auxiliam a equipe técnica, coordenam os técnicos e os auxiliares de enfermagem e ainda desenvolvem outras funções em prol da melhoria da saúde do paciente.
Historicamente, a inglesa Florence Nightingale (1820- 1910) é considerada a fundadora da enfermagem mundial. No Brasil, a pioneira é Ana Neri (1814-1880), nomes de grande importância, sempre lembrados pela dedicação e amor a esta área em diversas situações.
Segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em 2021, o órgão contava com o registro de 2.486.585 enfermeiros. Desde as suas precursoras, Nightingale e Ana Neri, as mulheres são maioria desta força de trabalho, correspondendo a 85% dos profissionais hoje no país.
Lembramos que por estarem em contato próximo com pacientes e familiares, a equipe de enfermagem desenvolve uma relação profissional pautada na empatia e afeto em ambientes hospitalares ou em domicílio. Isso se torna igualmente importante em um ambiente de CTI, onde muitas vezes encontram-se paciente graves e famílias muito fragilizadas.
Na enfermagem moderna, o foco está na importância da humanização e no atendimento para a melhoria da qualidade assistencial, os quais impactam diretamente na segurança do paciente. Nesse sentido, o maior beneficiado é o paciente quando se trata de profissionais capacitados não apenas em técnicas, mas também em tratamentos inovadores e eficientes para as diversas patologias, como no desenvolvimento pessoal e profissional.
Com base nisto, o treinamento das equipes em inteligência emocional e programação neurolinguística (PNL) aumentam o nível de segurança no atendimento e, consequentemente, para os pacientes. As eficiências desses métodos teórico-comportamentais estão mudando a maneira de enfermeiros atuarem, tendo como fundamentos a prática da escuta atenta, a abordagem assertiva e o desenvolvimento de trabalhos em equipe. Essa abordagem resulta em um aprofundamento na arte em cuidar do paciente e é fundamental nesse novo tempo da enfermagem.
Publicações recentes informam que 9 em cada 10 profissionais são desligados de empresas por motivos comportamentais e não por motivos técnicos. Portanto, a área da saúde precisa entender que o olhar para as competências comportamentais traz, de forma definitiva, a diferença e transforma o ato da enfermagem em uma verdadeira arte de cuidar.