Jornal Estado de Minas

Homens faltam mais ao serviço

Gregório José
Jornalista/Radialista/Filósofo
 
Pode até parecer que está equivocado o título, mas é verdadeiro e foi apresentado através de um levantamento feito pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base em levantamentos do IBGE de 2019.





O estudo leva em conta os recordes de beneficiários de planos de saúde com base na pergunta 100.012: “tem algum plano de saúde médico particular, de empresa ou órgão público?”.

O IESS analisou três grupos variáveis associadas: sociodemográficas, comportamentais e doenças crônicas.

Entre os comportamentais que levaram a afastamento do serviço aparecem tabagismo, consumo de álcool, problemas de sono e uso de medicamentos para dormir. Doenças crônicas avaliadas foram: obesidade, diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, asma, artrite ou reumatismo e DORT, indo para depressão, DPOC, Câncer e problemas renais. Os dados sociodemográficos incluíram idade, sexo, cor da pele e escolaridade.

De um universo de 13,7 milhões de entrevistados, cerca de 376 mil (2,7%) e que tinham plano de saúde, apresentaram atestados médicos para não irem ao serviço alegando algum motivo de saúde. Os que não tinham planos ou convênios médicos e se afastaram por saúde representaram um percentual de apenas 1,2%.





Os declarados brancos somaram 57,2% dos afastamentos enquanto os autodeclarados pardos representaram 30,2%.

Os ausentes ao trabalho com ensino médio e cursos superiores incompletos foram os que mais ficaram longe do serviço. Os homens chegaram à estratosférica percentagem de 60,2% de afastamento, enquanto mulheres foram apenas 39,4%.

Problemas de sono e uso de medicamentos para dormir foram os motivos que elevaram os percentuais de ausências no trabalho. Hipertensão e problemas na coluna também estão entre as causas de falta ou atestado médico em excesso. Os fatores que também pesam na conta são a obesidade e depressão.

O X da questão é que, aqueles que têm planos de saúde, seja particular ou em grupo da empresa, são os que mais levam atestado médico para seus superiores. Homens, brancos, com idade entre 40 e 59 anos e com ensino médio ou curso superior incompleto apresentam este comportamento no Brasil.

No final, o estudo leva em conta que dados do Anuário Estatístico da Previdência Social avalia que afastamento por mais de 15 dias ao trabalho vem aumentando de forma acelerada e isto pode prejudicar empresas, sejam elas de que tamanho for. Por isto, cabe aos empresários, CEOs e administradores cuidarem de seus beneficiários levando palestras, orientações e contribuindo na prevenção de doenças entre seus funcionários.