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Estado de Minas

Investimento estrangeiro: por que o Brasil é considerado o país do futuro


24/07/2023 04:00
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Amure Pinho
Empreendedor há mais de 20 anos, já foi presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups)

A dúvida sobre o Brasil ser um bom lugar para investimento estrangeiro é algo recorrente, principalmente quando estamos vivendo um momento incerto da nossa economia. Essa questão trata-se de um questionamento importante, tanto para investidores internos quanto externos, que estão buscando um local com mais segurança para aplicar o capital financeiro.

A economia brasileira, de forma geral, tem apresentado um bom desempenho e índices positivos, apesar dos inúmeros problemas ocorridos no contexto internacional, a exemplo da guerra na Ucrânia. Inclusive, sem repercussão direta nos gráficos da bolsa de valores do Brasil, o que vemos é exatamente o contrário, ao passo que o real foi a moeda mais valorizada frente ao dólar em janeiro deste ano, garantindo assim o segundo melhor desempenho entre as principais moedas do mundo.

Não à toa, os negócios que atuam na exportação de matérias primas, as famosas commodities, têm ganhado destaque na bolsa de valores, a exemplo da Petrobras e da Vale, além de outras empresas relacionadas a petróleo, gás, milho e trigo. Isso acontece, principalmente, porque desde o início de 2022 os investidores estrangeiros passaram a encontrar na bolsa de valores brasileira títulos mais baratos para investimento e, logo, uma economia mais estável. Isto é, apresentaram-se menores riscos, quando comparado aos outros países.

De acordo com o Índice de Confiança para Investimento Direto Estrangeiro, da consultoria internacional Kearney, o Brasil é o sétimo destino mais procurado pelos estrangeiros que querem investir em países emergentes. Ficando atrás apenas da China, Índia, Emirados Árabes, Catar, Tailândia e Arábia Saudita. Ao todo, o levantamento avaliou o desempenho de 25 nações e as respostas de diversos executivos sobre quais mercados demonstraram maior potencial para atrair investimentos nos próximos três anos.

Mas, afinal, o que favorece o investimento estrangeiro no Brasil? Nosso país foi um dos primeiros a reagir à expansão da inflação mundial, aumentando assim a taxa de juros. Além disso, o Brasil possui ativos com valores mais atraentes e potencial exposição aos setores que os investidores procuram. Outro ponto crucial é que os países que disputam o capital estrangeiro com o Brasil não estão mais tão atraentes devido a fatores internos, como é o caso de Argentina, Rússia e Turquia.

Fora os inúmeros riscos geopolíticos lá fora, onde se fala até mesmo em recessão. A Alemanha, por exemplo, maior economia da Europa, entrou em recessão técnica no primeiro trimestre de 2023, após a segunda contração consecutiva do Produto Interno Bruto (PIB), em um contexto de quebra da demanda na indústria, inflação e taxas de juro elevadas.

Considerado o quarto país com maior volume de investimentos estrangeiros no primeiro trimestre de 2022, de acordo com dados das principais economias do mundo compilados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pelo Banco Central, o Brasil reduziu as pressões inflacionárias e amorteceu os novos choques externos sobre a economia.

Ademais, é inegável a queda significativa no fluxo de investimentos em startups em 2022, que abalou o mercado, trazendo um clima de apreensão. Isto fez com que os investidores analisassem, ainda mais, minuciosamente os critérios e o potencial econômico de cada inovação. Com expectativas de melhora neste ano, investir em um portfólio de startups garante diversificação e hedge para a carteira, ao passo que elas são ágeis, adaptáveis e parcialmente imunes aos altos e baixos dos mercados públicos, oferecendo assim alto potencial de crescimento a longo prazo.

Queridinhos dos investidores, principalmente em mercados emergentes, o Brasil vive um clima positivo. Logo, como tudo pode acontecer, os ativos brasileiros devem seguir uma tendência de redução de risco e valorização nos próximos meses. E isso é trunfo dos países que estão em grande exposição na bolsa brasileira nos setores que os investidores mais querem no momento, como commodities, bancos e o próprio ecossistema de inovação.

Antes do sistema, apenas cerca de 2% das empresas eram fiscalizadas e agora 100% delas serão


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