Jornal Estado de Minas

Valorizando as mulheres negras hoje

Gregório José
Jornalista/Radialista/Filósofo
 
Há 31 anos surgia no mundo este movimento pelo reconhecimento da importância da Mulher Negra e para reparar os anos de sofrimento, escravidão e exploração da mulher, em especial da mulher negra que tem pouco reconhecimento, enfrentando ainda mais desafios do que os homens. Isso em pleno 2023. As pessoas pretas são 56% da população brasileira segundo o IBGE, mas os desafios são ainda enormes e as desigualdades continuam presentes e vivas.





Deste universo de homens e mulheres, temos que lembrar que mais de 53% são mulheres.

Olhem só o universo de pessoas que ainda sofrem com preconceitos e precisam vencer barreiras para se firmar numa sociedade machista e de desigualdades.

A Secretaria de Direitos Humanos surgiu para olhar para o ser humano, para contribuir e entender o quanto é necessário diminuir esta distância entre os seres, independente de suas etnias, credos e raças.

Quando falamos em mulheres pretas, temos que falar de números e dados. Impossível verificar que dos casos de feminicídio, as mulheres negras são 62% das vítimas. Para mostrar este abismo que existe, mais de 70% não possuem ensino médio.





O que é ser mulher no Brasil hoje?

O que é ser mulher, negra e trabalhadora no Brasil hoje?

São inúmeros questionamentos que precisamos fazer.

Não podemos esquecer que os obstáculos enfrentados diariamente pelas mulheres negras no Brasil são um reflexo da construção de uma camada da sociedade moldada pelo racismo e pela questão de gênero. A mulher negra está na base da pirâmide social, baixos salários, subempregos, discriminadas.

Podem ter certeza de que faremos o máximo que pudermos para diminuir este estigma da marginalização de mulheres, crianças e jovens pretas.

O nosso município não tem cor, tem seres humanos e, por este motivo, continuaremos o nosso trabalho de conhecer, ouvir e buscar soluções que possam afligir todas as pessoas, independente de cor, raça, religião.

Vamos trabalhar para que nossas mulheres negras possam estudar, ter seus direitos preservados. Ter acesso à educação sem discriminação. Ter trabalhos dignos e com equiparação salarial. Somente assim eliminaremos as barreiras e venceremos os desafios que ainda persistem, mesmo com o passar dos anos. A Secretaria de direitos Humanos trabalha, todos os dias, para eliminar as desigualdades.