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Estado de Minas Editorial

Hepatites virais e os riscos à saúde

O combate à doença requer conscientização e educação em saúde, já que alguns tipos ainda são pouco conhecidos pela população


28/07/2023 04:00
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Todos os anos milhares de pessoas no Brasil são diagnosticadas com hepatites virais,  um grave problema de saúde pública no país e no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) instaurou como meta a redução de novas infecções em até 90% dos casos até 2030 – um objetivo altamente audacioso, se analisarmos os números registrados da doença no território nacional.

Hoje (28/7), Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais, é oportuno refletir sobre as melhores estratégias de prevenção para reduzir a incidência e mortalidade dessas inflamações no fígado. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, de 2000 a 2021 foram notificados 718.651 casos confirmados de hepatites virais no país, sendo o tipo C o mais reconhecidamente letal. De 2000 a 2020, foram 62.611 mortes associadas a essa hepatite, representando um total de 76,2% do total de mortes por hepatites virais.  

No entanto, o combate à doença requer conscientização e educação em saúde, já que alguns tipos ainda são pouco conhecidos pela população. Ao contrário da hepatite C, muito discutida entre os especialistas, a hepatite D ou delta, embora seja um tipo dos mais perigosos (mas com incidência considerada baixa), ainda é pouco debatida entre a população.

A hepatite delta está associada à presença do vírus B da hepatite para causar a infecção e inflamação das células do fígado. Por estar altamente ligada à presença do vírus da hepatite B, é potencialmente capaz de aumentar o risco de câncer, por isso a população deve estar atenta às formas de prevenção, que envolvem a busca por imunizantes contra o tipo B e o uso de preservativos nas relações sexuais, por ser o principal meio de transmissão.

Segundo os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o Brasil registrou mais de 700 mil casos confirmados de hepatites virais, entre 2000 e 2021. Destes, a maioria é referente à hepatite C (38,9%), seguida pelas hepatites B (36,8%) e A (23,4%), enquanto os quadros de hepatite delta não passam de 1%. Ainda assim, levam a um quadro da doença na forma crônica, podendo evoluir para cirrose e câncer de fígado. Outra curiosidade é que sua incidência é maior no Norte do país, o correspondente a 73,7% dos casos. Os outros tipos – A e E – também são provocados por agentes infecciosos diferentes.

Por outro lado, as hepatites são doenças silenciosas e, assim como determinadas patologias decorrentes, por exemplo, do excesso de colesterol ou glicose, também são silenciosas e costumam apresentar sintomas já em estágios avançados. Pele amarelada ou perda intensa e repentina de peso, ao lado de febre, inchaço, dor abdominal e cansaço, são sintomas que não podem ser desconsiderados.

O que não pode deixar de ser dito é que é fundamental que a comunidade médica solicite ao paciente a sorologia nos exames de rotina, além de orientá-lo sobre a imunização para prevenção das hepatites A e B. A vacinação da hepatite A, dose única, deve ser aplicada aos 15 meses e para hepatite B, ao nascer, mas o esquema vacinal deve ser completado na adolescência e fase adulta, de acordo com a situação vacinal. Todas previstas no Calendário Nacional de Vacinação disponíveis na rede pública.

Vale lembrar ainda que hepatites podem ser causadas ainda por outros vírus ou bactérias, ou até mesmo pelo uso excessivo de medicamentos ou ingestão de bebidas alcoólicas.


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