Eduardo Martins
Belo Horizonte
"A Receita propôs que o mercado editorial perca a isenção de impostos vigente atualmente, com base no argumento de que só a parcela mais rica da população compra e lê livros no Brasil. Tal proposta e tal argumento são absurdos, pois se a maior parte da população não tem acesso a livros, mesmo com os valores atuais, no caso da retirada dessa isenção e da taxação com novos impostos o aumento nos valores fará com que esse acesso seja ainda mais dificultado. Se apenas a parte mais rica da população lê livros, segundo a Receita, então o que deve existir é um projeto de democratização do acesso à leitura e incentivo do hábito de leitura para toda a população, especialmente por meio da educação escolar. Essa taxação é certamente ideológica, pois visa tornar ainda mais difícil o acesso aos livros para a parcela mais pobre da população, fazendo com que apenas a elite tenha acesso a esses."