Antonio Negrão de Sá
Rio de Janeiro
“A elite do capitalismo brasileiro sempre foi atrasada, antinacional, submissa aos ingleses e americanos. Veem a realidade imutável, sem contradições, sem infindáveis mudanças entre 1964 e 2021. Em 2021, carregam certo saudosismo presente, tanto entre militares quanto em civis. Em 1964, não havia pandemia, presidente incapaz, genocida, oposição de centro-esquerda estruturada, ex-presidente bem avaliado dentro do país, neoliberalismo nacional e internacional em declínio. ‘Diretas Já’ e ‘Fora Bolsonaro’ são realidades e movimentos distintos no tempo. Na pandemia, as manifestações diferem, crescem, se espalham pelo Brasil. O assassinato de meio milhão de pessoas, a destruição da economia, do Estado, do meio ambiente e a omissão da elite conduz o país para o caos. Ingenuidade acreditar que nesse quadro a elite terá hegemonia ou paz num golpe, a médio prazo. Resta fora Bolsonaro e a volta do estado de direito.”