Rodrigo Clemente
Fundador da BLZ Recicla
Sustentabilidade é o assunto do momento, está na boca do povo, na imprensa e nos discursos dos mais variados tipos de pessoas. Por conta disso, muitas companhias já começaram a se preocupar com melhores práticas e protocolos de desenvolvimento sustentável. Um estudo realizado pela agência de pesquisa norte-americana Union + Webster, e divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), mostrou que 87% dos brasileiros preferem comprar de empresas sustentáveis e 70% disseram não se importar em pagar um pouco mais por isso. A pressão chega por todos os lados: investidores, consumidores e funcionários, todos alegam preferir empresas que respeitem o meio ambiente.
O maior desafio das companhias em atender essa demanda ainda é a margem de lucro. Apesar dos dados mostrarem que os brasileiros não se importam em pagar um valor a mais para ter um produto ou serviço sustentável, no mundo dos negócios não é tão simples assim. Em alguns casos, é necessário toda uma estruturação para conseguir suprir esse mercado e, com isso, o preço final pode ficar comprometido. Em um país subdesenvolvido, no qual uma grande parte da população vive na extrema pobreza, o preço ainda é um requisito importante de compra. Por conta disso, muitas empresas optam pelo corte de práticas de sustentabilidade.
Apesar de ser considerada uma despesa, ações de sustentab
ilidade não são mais negociadas com o mercado. Contratar uma especializada para realizar esse serviço, ao invés de construir toda uma estruturação e admitir novos funcionários, é uma maneira economicamente viável de adotar novas práticas sem precisar de grandes movimentações. Além disso, essas empresas trazem uma visão mais estratégica de mercado e contribuem de forma mais efetiva para estruturação da marca. Terceirizar um processo é o viés escolhido por muitas companhias para reduzir gastos operacionais.
A reciclagem é uma medida que pode ser terceirizada. A indústria cervejeira já utiliza esse recurso para solucionar o problema do descarte irregular e a falta do vidro no mercado. Ou seja, para muitos adotar práticas sustentáveis pode ser um investimento desnecessário, mas no papel pode ser muito mais rentável para a empresa trabalhar e investir nesse segmento, pois agrega benefícios econômicos e de negócios.
O mundo está se preparando para uma nova era, viver com menos carbono e com gastos de recursos naturais reduzidos. Por esse motivo, a importância de se pensar em uma agenda ESG. Com a evolução do mercado, as organizações precisam começar a se posicionar em relação a causas de sustentabilidade e de cunho social, medidas que já são fundamentais para a captação de investidores e a perpetuidade da empresa.
A ajuda de outra empresa pode ser uma solução viável para companhias que buscam construir uma marca que adote práticas de produção que respeitem o meio ambiente. Encontrar o parceiro ideal para tirar as práticas do papel pode fazer toda a diferença nessa evolução!