Jornal Estado de Minas

Morte de Bárbara Vitória

O choro de uma avó indignada com a violência



Célia Corrêa 
Belo Horizonte

“Estou triste, de luto por Bárbara Vitória (nome enigmático) e por todas as crianças vítimas da violência humana. Amanheci sem fôlego, com dor no peito, com raiva dos monstros que vivem disfarçados de gente ao nosso lado. Como avó, choro e não consigo entender. Choro o choro da família, porque tenho netos (de sangue e do coração). Não sei do que seria capaz de fazer diante de um cafajeste desse naipe. Perdão, somente divino, porque humanamente é impossível aceitar.
Só me resta rezar pelos  anjos da guarda das nossas crianças. Gostaria de apelar a todos os pais e educadores que despertem no coração das crianças o botão da desconfiança diante de todo e qualquer adulto, porque o ser se brutaliza e foge da semelhança a Deus na medida em que cresce. Difícil discernir entre o humano e o monstro que habita o coração de muitos travestidos de gente. 
Bárbara morte! Vitória, somente quando houver justiça dos homens e de Deus. Ainda espero.”