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Estado de Minas Era das startups

Unicórnio ou dinossauro?


07/12/2022 04:00

João Fernando de Lima Parra*
São Paulo

“Inovação. Essa é a palavra de ordem para absolutamente todas as empresas. Nesse contexto, as startups ganham destaque por estabelecer uma conexão entre tecnologia e inovação. Enquanto as empresas tradicionais são intituladas como ‘dinossauros’ – pela lentidão, burocracia e dificuldade de inovar –, as startups surgem com a enorme capacidade de criar soluções em tempo recorde.
 
Fato é: existe a nítida impressão de que as grandes corporações ainda não conseguiram se adaptar à ‘era das startups’. O que não faz muito sentido, ao se levar em conta a enorme estrutura, quantidade de recursos e capital humano destas empresas. Por que seus executivos esperariam sentados enquanto as startups inovam constantemente e ganham mercado?
 
Ao estudar esta relação, comecei a entender que existe uma razão para que as empresas estejam cômodas e seguras na posição de ‘dinossauros’. Elas se apropriam do know-how das startups para absorver os riscos nos processos de inovação. Para elucidar, destaco a frase do responsável pela área de inovação da multinacional Accenture, José Luis Sancho: ‘Quatro em cada cinco startups falham e grandes corporações não podem permitir que tantos projetos deem errado porque iríamos à falência’.
 
Entretanto, essa é uma tendência no mundo corporativo. As maiores empresas, mesmo que ‘dinossauros’, utilizam estratégias para fomentar o relacionamento com startups. Os programas criados, que variam entre desafios, hackathon e investimentos, são uma forma de as empresas inovarem gastando menos e com menor risco. As startups entram com possibilidades menores de sucesso, uma vez que são apenas uma unidade em uma grande miríade de opções disponíveis.  
 
A condição de ‘dinossauro’ não pode ser visualizada a partir de seu caráter negativo, pois esta posição é utilizada em benefício próprio. Já as startups, por sua vez, desenvolvem soluções para toda a cadeia produtiva em uma lógica em que os riscos e benefícios são assimetricamente colocados. Ou seja, um Jurassic Park e uma manada inteira de ‘unicórnios’ à disposição.”

* Mestre em marketing e ciências sociais, doutorando em sociologia pela Universidade Estadual de Londrina

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