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Entenda por que empresas devem investir em ações ambientais e sociais

Pensar em sustentabilidade é essencial nas empresas; Pablo Aguirre, diretor de Marketing e Sustentabilidade da Itaminas fez uma análise sobre o assunto, veja


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postado em 24/06/2022 15:16 / atualizado em 24/06/2022 15:50

Jardim Botânico com mais de 4,3 mil espécies botânicas raras
Jardim Botânico com mais de 4,3 mil espécies botânicas raras, vindas de todos os continentes. Um legado deixado para o Brasil e para o Mundo. (foto: Divulgação/ Inhotim)

 
Neste mês, faz 50 anos  que a Conferência de Estocolmo designou o dia 5 de junho como Dia Mundial do Meio Ambiente. A data marca também a primeira Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que levou à criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O lema “Uma Só Terra” criado naquele evento histórico permanece muito atual. O cuidado com a preservação do meio ambiente também é um compromisso de anos da Itaminas.

É necessário revisitar alguns pontos importantes de um documento que ficou conhecido como “A Carta da Terra” – uma declaração da consulta feita durante oito anos (1992-2000) entre milhares de pessoas de muitos países, culturas, instituições, religiões, além de cientistas e pensadores.

Conheça 5 trechos da “A Carta da Terra” que vão fazer a diferença na gestão social da sua empresa


Preâmbulo

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro [...]. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum.

Terra, Nosso Lar

A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com os seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global, com seus recursos finitos, é uma preocupação de todos.

A situação global

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos equitativamente, e o fosso entre ricos e pobres está aumentando.

Desafios para o futuro

A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais dos nossos valores, de instituições e de modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano vai ser primariamente voltado a ser mais em vez de ter mais.

Responsabilidade Universal

Para realizar essas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre e a nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo em que a dimensão local e a global estão ligadas. Cada um compartilha a responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família humana e do mundo dos seres vivos.

“Pelas palavras da Carta da Terra, o compromisso com o meio ambiente é um apelo que exige comprometimento da comunidade porque o planeta é o nosso lar comum. O dia mundial do meio ambiente foi criado há 50 anos, mas a indiferença, a despreocupação e a ignorância contribuem para que muitos continuem não se importando com essa questão essencial”, explica o diretor de Marketing e Sustentabilidade da Itaminas, Pablo Aguirre.

A importância das empresas pensarem em sustentabilidade 


Em 19 de maio deste ano, o executivo Stuart Kirk, chefe global de “Responsible Investment” do banco HSBC, fez uma palestra num evento do jornal Financial Times onde minimizou os riscos do aquecimento global e mudanças climáticas. Seu argumento baseava-se no fato de que, mesmo que exista um aquecimento global, os efeitos são de longo prazo.

“Quem se preocupa se Miami ficará a 6 metros abaixo d’água em 100 anos?” foi uma das perguntas que ele fez para sustentar a sua posição. Com o título: “Por que investidores não precisam se preocupar com o risco climático”, ele concluiu sua palestra afirmando que há risco zero para os investidores quando se olha para o curto prazo. 

Diante da repercussão negativa, o banco HSBC rapidamente soltou uma nota dizendo que estava suspendendo o executivo e reafirmou que suas opiniões não estavam alinhadas com a visão estratégica do banco. O “sincericídio” cometido pelo executivo ecoa na consciência coletiva e talvez esteja na hora de nos perguntarmos se não pensamos como ele. 

Já não se nega que os países desenvolvidos, cujos padrões de produção e consumo colocam em risco a sustentabilidade da vida no nosso planeta geram desigualdades sócio-ambientais. Estamos inseridos em um modelo baseado no crescimento econômico que não respeita a capacidade da natureza de prover e repor seus recursos muito menos em absorver os resíduos produzidos pelo consumo da sociedade. 

“O que os cientistas afirmam é que a natureza cobrará o preço pelo desrespeito ambiental promovido pelos homens. Mas como não é algo no curto prazo, nós simplesmente ignoramos o fato”, afirma Pablo. 

Existe um antigo ditado árabe que diz: “quem planta tâmaras, não colhe tâmaras!” Isso porque, no passado, uma tamareira levava algumas décadas para produzir os primeiros frutos. Então, seguindo a lógica do curto prazo, não existiriam tamareiras no planeta. E se hoje podemos ter o privilégio de comermos tâmaras, é porque alguém pensou mais no próximo do que nele mesmo. Uma das características dos humanos é a consciência da finitude. Sabemos que bilhões de pessoas vieram antes de nós e, em tese, outros bilhões de seres humanos viverão após a nossa partida. 

Se a morte faz parte da vida fica a pergunta: qual é o legado que deixaremos para as próximas gerações? Seremos “plantadores de tamareiras” ou simplesmente estaremos interessados em explorar e exaurir os recursos existentes sem considerar aqueles que virão depois de nós? Quando nossos filhos observarem nossas pegadas e seguirem o rastro da nossa história, em que lugar eles se encontrarão?

Espaço ciência inhotim : espaço de atendimento a estudantes e professores, para popularização do conhecimento científico
Espaço ciência inhotim : espaço de atendimento a estudantes e professores, para popularização do conhecimento científico e difusão de informações ambientais, de forma lúdica. (foto: Divulgação/ Inhotim)

William Vollmann, em seu livro “No Immediate Danger” ele escreve: “um dia, num futuro não muito distante, os habitantes de um planeta mais quente, mais perigoso e biologicamente diminuído do que esse em que vivi talvez se perguntem o que você e eu tínhamos na cabeça. E nossa resposta sincera seria: Claro que fizemos isso conosco. Sempre fomos intelectualmente preguiçosos e quanto menos era exigido de nós, menos fizemos. Vivemos todos em função do dinheiro e foi em seu nome que morremos.”

A mudança é necessária


Entre os dias 6 e 10 de junho de 2022, ocorreu a nona edição da Cúpula das Américas. O tema desta edição foi: “Construindo um futuro sustentável, resiliente e equitativo.” Foram estabelecidos pelos EUA, o anfitrião do evento, cinco pilares para serem discutidos: 

  • Saúde e Resiliência nas Américas; 
  • Mudança Climática e Sustentabilidade Ambiental; 
  • Aceleração da Transição para Energia Limpa;
  • Transformação Digital;
  • Governança Democrática.

Frustrante e quase desnecessário dizer que os movimentos objetivos em direção à sustentabilidade ambiental continuam sendo muito incipientes. Uma das conclusões da cúpula foi que: “a adaptação às mudanças climáticas também é um foco, convocando os líderes a implementar planos ou estratégias nacionais de adaptação, construir resiliência em todos os setores, estabelecer sistemas de monitoramento e avaliação, compartilhar informações e educar a próxima geração de formuladores de políticas de adaptação”. 

Mas o que isso na prática significa? De que maneira os Estados Unidos, como o país mais poluente da história, responde às mudanças climáticas?

Seguindo esse ritmo, em 2030 haverá necessidade de pelo menos três planetas Terra iguais a este
(foto: Freepik)

Os resultados da Rede da Pegada Global (Global Footprint Network) apresentam dados assustadores: Em 1961, precisávamos de 63% da Terra para atender às demandas humanas; já em 1975, esse número saltou para 97%. Em 1980, exigimos 100,6%, portanto, necessitávamos de mais de uma Terra. Em 2005, atingimos a cifra de 145%. Quer dizer, seria preciso quase uma Terra e meia para estar à altura do consumo geral da humanidade. 

Seguindo esse ritmo, em 2030 haverá necessidade de pelo menos três planetas Terra iguais a este. Se, hipoteticamente, quiséssemos universalizar o nível de consumo que os Estados Unidos desfrutam, dizem os biólogos e os cosmólogos que seriam imprescindíveis cinco planetas Terra para atender às exigências da sociedade.

Um dos anúncios do presidente americano na Cúpula das Américas, Joe Biden, foi um investimento de 300 milhões de dólares na América Latina para combater a insegurança alimentar. A relevância desse valor diminui bastante quando tomamos conhecimento de que o Congresso dos Estados Unidos aprovou recentemente um pacote de 40 bilhões de dólares em armamentos para a Ucrânia na guerra contra a Rússia.

“O “american way of life” está errado e não é sustentável. Basta dizer que, se o mundo todo tivesse o mesmo modelo de vida, os recursos do planeta já estariam completamente exauridos. Parece mais fácil doar dinheiro para combater a insegurança alimentar dos países pobres do que criar uma cultura de consumo responsável, em que não se joga no lixo mais da metade de toda a comida que se compra”, afirma Aguirre. 

Para ter uma ideia, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) estima um desperdício de 931 milhões de toneladas de alimento por ano – ou 2,5 milhões de toneladas por dia. Isso significa que 13 navios cargueiros, cheios de comida, vão para o lixo todo dia. 

Pablo Aguirre é o diretor de Marketing e Sustentabilidade.
Pablo Aguirre, diretor de Marketing e Sustentabilidade da Itaminas (foto: Divulgação/Itaminas)

“Continuamos numa tentativa frustrada de remediar o que poderia se prevenir. Damos peixes em quantidade insuficiente e nem de longe ensinamos a pescar”, conclui.

Assim caminha a humanidade


Segundo Noam Chomsky, sociólogo, filósofo, comentarista e ativista político norte-americano, os 20% mais ricos do mundo consomem 82% das riquezas da Terra, enquanto os 20% mais pobres têm que se contentar com apenas 1,6%. As três pessoas mais ricas do mundo possuem ativos superiores a toda a riqueza dos 48 países mais pobres, onde vivem 600 milhões de pessoas. Nesse princípio de pareto devastador, as estratégias dos poderosos é salvar o sistema financeiro, e não salvar a sociedade e garantir a preservação da vida no planeta.

Aquilo que é demasiadamente injusto, não pode conter, em si mesmo, nenhuma sustentabilidade. E um preço alto será pago em algum momento futuro. Enquanto isso, cumpre-se a letra da música do Lulu Santos: “assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade.”

Conheça a Itaminas


A Itaminas é uma empresa que trabalha na produção e comercialização de produtos gerados pela extração de minério, conquistando índices de padrão mundial. Atualmente a Itaminas produz quatro tipos de produtos: sinter feed concentrado, sinter feed alta sílica, hematitinha e pellet feed.

Transformar um mundo em um lugar melhor é uma prioridade da Itaminas. Desde o princípio, em 1959, ela investe em projetos ambientais e sociais. Acesse o site e conheça todas as iniciativas realizadas pela mineradora. 


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