Jornal Estado de Minas

O futuro em construção

O futuro em construção

Além da reparação necessária para mitigar os efeitos do rompimento da Barragem I, em Brumadinho, a Vale entende como necessário criar possibilidades e oportunidades que permitam uma maior diversificação das economias locais, ampliando a geração de emprego e renda para as populações atingidas. Para isso, além de reparar os danos causados, o plano da Vale parte da premissa de gerar ferramentas que permitam uma mudança das comunidades, diminuindo ainda sua dependência da mineração. 


 
Para isso, entende como necessário reconstruir, reparar e transformar territórios em busca de um legado longevo e positivo nas áreas social e econômica. Tal estratégia contempla ações de curto, médio e longo prazos. 
 
O trabalho deve se estender pelos próximos cinco anos e, no caso de alterações mais profundas, o período de duração pode ser ainda maior. Envolve o desenvolvimento de vocações dessas cidades para desenhar novos cenários. Atuar mais fortemente em áreas como agricultura e turismo, sempre tendo como pano de fundo a sustentabilidade do meio ambiente. 
 
Essas duas áreas são a chave do fomento econômico, um guarda-chuva de várias iniciativas. Nessa busca de uma nova economia, emprego e renda fazem parte de um processo de ressignificação da vida e dos negócios nesses municípios, com participação ativa das organizações sociais. Elas se fortalecem e renovam seu papel de congregar oportunidades e replicá-las.


 
As ações que estão sendo desenvolvidas pela Vale nos territórios impactados por barragens desde o início do ano passado visam também à compensação por meio de plano de gestão de desenvolvimento.
 
Outras três cidades viram também no início de 2019 o risco de rompimento de barragens que atingiram o nível 3 da escala de monitoramento. Foram evacuadas famílias de moradores das áreas passíveis de inundação no entorno das barragens B3/B4, no distrito de São Sebastião das Águas Claras (conhecido como Macacos), em Nova Lima, na Grande BH; Sul Superior, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas; e Forquilhas, entre os municípios de Itabirito e Ouro Preto, na mesma região.
 
Em todas essas cidades e nos municípios vizinhos, questões emergenciais que precisaram ser garantidas após os eventos relacionados a barragens, como o fornecimento de água, se tornaram parte de projetos maiores, que visam proporcionar autonomia de abastecimento e saneamento para essas localidades. 


 
Tanto municípios ao longo do curso do Rio Paraopeba quanto outros que, mesmo distantes, dependem daquelas águas, comprometidas pela onda de rejeitos, serão beneficiados. Em alguns casos, seus sistemas hídricos terão a capacidade elevada, e, com isso, surgem novas possibilidades de atração de investimentos.
 
Nesse processo de transformação, o meio ambiente tem lugar de destaque, assim como o bem-estar do homem e dos animais. No plano robusto, nada é imposto. Tudo tem sido construído a partir da parceria com prefeituras e da voz de um ator fundamental em todo o processo: a comunidade.
 
“Nenhuma das soluções foi definida unicamente pela Vale. Sempre pelas comunidades, que têm a visão de necessidades imediatas que precisam ser ouvidas, Vale e poder público, numa visão de longo prazo para aquela cidade”, afirma a gerente de Reparação e Compensação dos Municípios, Fátima Chagas. 
 
A importância de integrar as comunidades e construir soluções coletivas de reparação de danos e de desenvolvimento é destacada pelo gerente executivo de Reparação e Desenvolvimento de Territórios Impactados, Luiz Henrique Medeiros: “Reparar pessoas e territórios atingidos, tanto em aspectos ambientais, sociais e econômicos. É importante criar novo pacto com comunidades, nada será feito unilateralmente”.