Jornal Estado de Minas

O futuro em construção

União de forças contra a COVID-19

As ações de reparação e compensação esbarraram em um fator que deixou os projetos em andamento ainda mais desafiadores: o novo coronavírus. Além de pensar em programas e em como executá-los, é preciso agora encontrar estratégias de fazê-los em segurança e, muitas vezes, a distância, usando o ambiente virtual como aliado na relação com as comunidades. 



Neste momento de incertezas pelo mundo inteiro, adaptações e aporte de recursos para estruturar sistemas de saúde no combate à doença se tornaram um dos pontos-chave em Minas Gerais. A Vale fez um acordo com a intermediação da Justiça para antecipar R$ 500 milhões para o combate à pandemia no estado. O termo teve a participação do estado de Minas Gerais, Ministério Público e Defensoria Pública de Minas. 


O valor será compensado dentro do acordo final de reparação dos efeitos do rompimento da Barragem 1, em Brumadinho. “Por se tratar de tema sensível a todos os mineiros, o acordo foi concluído com a agilidade que o momento demanda, sempre levando em conta a postura da empresa ao longo de todo o processo de reparação: escuta ativa das demandas das comunidades envolvidas”, afirma o diretor Especial de Reparação e Desenvolvimento da Vale, Marcelo Klein.

Em março, a Vale anunciou repasse de R$ 5,24 milhões para reforma, melhoria da infraestrutura e ampliação no número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Eduardo de Menezes, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte. 



Desde aquele mês, a unidade atende exclusivamente a casos suspeitos ou confirmados da COVID-19. No início deste mês, o Hospital da Baleia, na Região Leste de capital, inaugurou uma nova ala com 34 leitos de terapia semi-intensiva destinados a pacientes com o coronavírus ou com suspeita da doença. 

A reforma da unidade, que atende na sua maior parte pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), também foi custeada pela Vale. A empresa doou mão de obra e toda a estrutura para a criação do novo espaço, incluindo equipamentos e insumos médicos, num total de R$ 6,6 milhões. Ao todo, o Baleia terá 104 novas vagas para tratamento da COVID-19. 

Em apoio aos profissionais que estão na linha de frente nos hospitais mineiros, a empresa entregou equipamentos de proteção individual (EPIs) para 10 instituições que atendem pelo SUS nos municípios onde ela está presente (veja arte). 



Mais equipamentos de proteção, entre máscaras N95, aventais plásticos e kits de testes rápidos estão sendo doados diretamente aos hospitais. A doação direta se soma às ações de apoio ao governo federal. Em março, a Vale comprou 5 milhões de testes rápidos e 15,8 milhões de EPIs para a União, que definiu a logística de distribuição entre os estados brasileiros. A entrega dos insumos ao Ministério da Saúde foi concluída em maio passado. 

Foi firmada ainda parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) de Minas Gerais, que recebeu a doação de 7,2 mil kits de higiene pessoal e mais de 32 mil litros de material de limpeza para 14 presídios de 13 municípios mineiros. 

Os materiais foram direcionados para as unidades prisionais das cidades de Brumadinho e Nova Lima (na Grande BH), Barão de Cocais, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Itabira, Nova Era, João Monlevade, Mariana, Ouro Preto e Rio Piracicaba (na Região Central), Resplendor e Governador Valadares (no Vale do Rio Doce). 



A empresa disponibilizou também para a Prefeitura de Mariana três ambulâncias equipadas com UTI, sendo que duas com respiradores. Já a Santa Casa de Ouro Preto tem à disposição cinco contêineres com ar-condicionado e macas, usados como local de primeiro acolhimento de casos suspeitos. 

Ciclo Saúde


As ações do programa Ciclo Saúde, voltado ao fortalecimento da atenção básica desde a sua criação, em 2014, foram redirecionadas aos 32 municípios onde ele está presente. Com foco em equipar centros de saúde e capacitar agentes da área, ele agora está voltado ao combate à pandemia. 

O fortalecimento da gestão de 280 Unidades Básicas de Saúde (UBS), que já era um dos eixos do programa no Pará, Maranhão, Minas Gerais e Espírito Santo, agora está focado em iniciativas relacionadas à COVID-19.  

Serviços cumprem regras sanitárias


Os diversos projetos sociais apoiados pela Vale em Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, tiveram de se adaptar às regras de isolamento social impostas pelas autoridades públicas diante da pandemia. Cursos estão sendo dados on-line, mesma plataforma agora usada pelos profissionais de relacionamento com a comunidade, que também têm no telefone ferramenta de trabalho, depois de interromper os atendimentos presenciais em cumprimento às regras sanitárias. 



Esses podem ser feitos em situações de necessidade, caso da requisição de transporte entre regiões ou de atendimentos médicos. Também seguem funcionando a Central de Atendimento (0800 031 0831) e o Alô Indenizações (0800 888 1182). O transporte de passageiros entre Córrego do Feijão e Brumadinho, que chegou a ser interrompido no início da pandemia, foi retomado. Os veículos passam por higienização reforçada e a lotação é restrita à metade de sua capacidade. 

O serviço de transporte com motoristas a partir de contato telefônico para atender às demandas urgentes da comunidade não sofreu alterações. A manutenção de vias urbanas, como a capina, paralisada preventivamente atendendo ao decreto municipal que definiu medidas de combate ao novo coronavírus, foi retomada depois de liberação pela prefeitura.

Segurança na rotina dos empregados


A Vale adotou padrões de segurança de nível mundial e reduziu seu efetivo administrativo e operacional de forma a manter apenas os serviços essenciais em todas as suas operações. Além do trabalho remoto adotado desde 16 de março para empregados próprios e terceirizados, cujas funções são elegíveis ao teletrabalho, a empresa pôs em prática uma série de ações para proteger a saúde e a segurança de seus empregados. 



Trabalhadores com idade superior a 60 anos ou com fatores de risco estão sendo mantidos em casa; foram instaladas câmeras térmicas nas portarias das unidades de Minas Gerais, Espírito Santo, Pará e Maranhão; o acesso às unidades está restrito apenas a fornecedores essenciais, como os de alimentação, água e transportes; diariamente, é feita triagem na chegada dos trabalhadores, com aferição de temperatura corporal e aplicação de questionário de saúde para 100% do efetivo. 

Se identificado qualquer sintoma gripal, o empregado recebe recomendação para ficar em casa por 14 dias e passa a ser acompanhado. A empresa suspendeu todas as obras de construções não essenciais, reforçou o protocolo de limpeza e desinfecção em todos os ambientes das unidades operacionais e equipamentos, adotou o uso obrigatório de máscaras em todas as unidades, bem como medidas de distanciamento social, com aumento da frota de ônibus para reduzir a lotação, maior distanciamento nos restaurantes, alteração dos horários de entrada e saída para evitar aglomeração, entre outras. 

Testes rápidos estão sendo feitos em todos os empregados e terceiros. Quem testa positivo é imediatamente retirado do ambiente de trabalho, ainda que assintomático – o mesmo ocorre com todos os que, eventualmente, tiveram contato com esse empregado. 

A Vale reforça que tem o compromisso de cuidar da saúde e da segurança de seus empregados, observando rigorosamente todos os protocolos exigidos pelo Ministério da Saúde.