Jornal Estado de Minas

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Mundo dos negócios: conheça os benefícios da metodologia de gestão ágil

metodologia ágil ganhou vida em 2001 com o Manifesto Ágil, escrito por um grupo de desenvolvedores que iam contra o modelo gestão de projetos tradicional na indústria de softwares. Para eles, o produto final demorava tanto para ser entregue que não acompanhava a necessidade do cliente nem da sociedade. Além disso, o processo todo parecia ser mais importante que a relação entre as pessoas que faziam parte dele, tinha uma resposta lenta a mudanças e o cliente sempre ficava de fora de sua criação. Por conta disso, criaram quatro pilares contrários a essas críticas e desmembraram em 12 princípios.
 
Se você aplicar o texto acima para qualquer área de atuação, ele ainda poderá ser atual. E é justamente por isso que a gestão ágil migrou da TI para áreas como Marketing, Financeiro, Vendas... A ideia de que as pessoas precisam colaborar mais, que o trabalho precisa ficar mais transparente e que o processo deve ficar menos engessado (mais ágil, portanto) nunca esteve tão em alta, seja na startup de tecnologia, na agência de publicidade ou na consultoria estratégica. 
 
“A chegada da geração Z ao mercado de trabalho também contribui para a consolidação dos princípios ágeis como um norte para as lideranças das empresas. Interessados em crescimento profissional e financeiro, os jovens também desejam entender o processo todo para que seu trabalho faça sentido”, afirma Laura Lopes, gerente de Marketing do Runrun.it, plataforma de gestão do trabalho criada a partir dos princípios ágeis. 
 

Ágil na prática

Se o conceito da metodologia ágil ficou claro, agora é hora de entender como aplicá-la na prática. Nem sempre é possível seguir “by the book”, ou ao pé da letra, já que a realidade das equipes nem sempre aceita as regras dos frameworks.
E é por isso que hoje existem grupos como os ágeis agnósticos, que defendem os princípios ágeis aplicados à forma que for necessária. O que importa é manter o pensamento.
 

Kanban

Talvez você já tenha visto, e até usado, mas não sabe o nome. O quadro kanban é dividido em colunas, que são etapas pelas quais uma tarefa passa até ser entregue. Pode ser tão simples como: 1. A fazer, 2. Fazendo, 3. Entregue.
Ou você pode incluir outras etapas que façam mais sentido em seu fluxo de trabalho. É uma boa forma de começar a gestão à vista em sua empresa.
 

Scrum

 
O kanban é usado pelo Scrum para a organização visual das tarefas. Resumidamente, a cada período de uma semana ou 15 dias (o Sprint), escolhe-se uma quantidade de histórias a serem trabalhadas (as tarefas). Todo dia a equipe faz uma reunião (a Daily) para discutir o que está sendo feito e, ao final de cada Sprint, todos analisam o que deu certo e o que não deu, em busca de melhoria contínua do processo e das entregas.
 

Lean

 
lean foi descrito em 1990 no livro A máquina que mudou o mundo, de James P. Womack, do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em que ele analisa os modos de produção da indústria automobilística. Já o conceito “lean startup” nasceu em 2011, com o livro A Startup Enxuta de Eric Ries. “Lean” quer dizer enxuto e, com isso, busca-se o desenvolvimento de protótipos (MVP) que vão sendo aprimorados até que sua versão comercializada consiga de fato resolver os problemas a que se propõe. O ciclo do lean lembra o do PDCA (Plan, Do, Check, Act), de melhoria contínua: Construir, Mensurar e Aprender.

É possível misturar os conceitos e trabalhar da forma que sua equipe goste mais.
O processo, neste caso, precisa oferecer ferramentas de desenvolvimento profissional e da autonomia da equipe, para que ela trabalhe motivada e se sentindo parte do todo.
 
“Gestão a vista, análise de desempenho com base em números, reafirmação do propósito da empresa... tudo isso é ágil e pode beneficiar um número sem fim de equipes”, finaliza Laura.

Leituras recomendadas para se aprofundar no tema:
Ebook Agile Marketing
Nimble leadership: liderança fácil e ágil para a empresa do futuro

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