Desde 1943, quando foi descrito pela primeira vez na literatura científica pelo psiquiatra austríaco Leo Kanner, médicos e cientistas de todo o mundo vêm estudando as características, possíveis causas e tratamentos para o transtorno do espectro autista (TEA), mais conhecido como autismo. O diagnóstico só pode ser confirmado a partir dos três anos de idade, mas é possível perceber os sinais de risco logo nos quatro primeiros meses de vida do bebê, o que permite o acompanhamento precoce.
“Em alguns casos, é possível a remissão quase completa dos sinais, e a criança passa a ter uma vida com alta dos tratamentos”, afirma a psiquiatra infantil e psicanalista Isabela Santoro Campanário. Como forma de manter os profissionais atualizados com os novos protocolos de identificação do risco do TEA, o Sistema Unimed mineiro lançou duas cartilhas que integram o programa Saúde da Criança: Estimulando o desenvolvimento das crianças e Autismo: conhecendo melhor para intervir a tempo.
“Todas as Unimeds de Minas já estão com as cartilhas, direcionadas a profissionais da saúde e aos pais e responsáveis. O material visa informar sobre a maneira correta de identificar sinais de atraso no desenvolvimento, o que possibilita um acompanhamento próximo do caso e a seleção das melhores estratégias de estimulação”, ressaltou o assessor de Atenção à Saúde da Unimed Federação Minas, Guilherme Lobo da Silveira.
Para que o acompanhamento possa contemplar todos os cuidados em um mesmo plano terapêutico, algumas cooperativas Unimed em Minas Gerais contam com espaços de saúde exclusivos para atendimento multidisciplinar. Um deles é o Viver Bem, da Unimed Guaxupé, que há cerca de um ano iniciou o programa Unilaço, específico para atendimento a crianças com transtorno do espectro autista, de forma lúdica. As famílias são treinadas para aplicar as terapias em casa e os professores dos pacientes são convidados a participar de capacitações.