Levantamento feito pela Accenture – empresa de consultoria de tecnologia – mostra que 61% dos médicos brasileiros usam ferramentas de TI para observação dos pacientes e para otimizar o tempo da consulta, enquanto 38% utilizam procedimentos eletrônicos para administração.
A automação dos procedimentos, fortalecida com a chegada da internet das coisas (IoT), o big data e a inteligência artificial (IA), interfere profundamente no modo como a medicina é aplicada. Essas mudanças impactam desde o ensino da profissão, passando pela atuação prática do médico até a prevenção e tratamento de doenças.
“A tecnologia tem influenciado a mudança de comportamentos, tanto dos médicos, quanto dos pacientes. Mas ela é apenas uma ferramenta. Para o médico, ela representa a possibilidade de dedicar mais tempo à parte mais nobre do seu trabalho, que é a relação com o paciente. Já para o paciente, ela significa o poder do autocuidado, com aplicativos e vestíveis, os chamados mobile health, que ajudam a melhorar o estilo de vida da pessoa, ganhando relevância na prevenção e reduzindo complicações”, analisa o presidente da Unimed Federação Minas, Luiz Otávio Fernandes de Andrade.
A experiência do paciente deixa muito claro que os aspectos relacionais têm grande peso para o paciente. Eles querem ser vistos em sua individualidade e não apenas como um número.
“A segurança e eficácia clínica influenciam tanto na experiência quanto as conexões que somos capazes de estabelecer com o paciente. Acolhimento é o que faz a diferença”, destaca Luiz Otávio.
Umas das grandes conquistas da medicina digital é que seus avanços podem alcançar e beneficiar rapidamente uma parcela maior da população, inclusive em áreas remotas. Os ganhos acontecem em escala global a partir do momento que é possível conectar os avanços obtidos em diferentes países. Compartilhar tecnologias possibilita levar diagnósticos e cuidado até áreas que sofrem com escassez de médicos e recursos de atendimento.