O total de beneficiários de planos de saúde cresceu 0,2% nos 12 meses encerrados em outubro de 2019. O resultado representa 71,2 mil novos vínculos firmados no período. Os números constam na Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). No total, o setor conta com 47,3 milhões de contratos.
Minas Gerais foi o Estado que mais impulsionou o aumento. Foram 61,7 mil novos vínculos firmados no período, alta de 1,2%. Com o acréscimo, as Operadoras dos Planos de Saúde passam a atender 5,1 milhões de beneficiários no Estado.
Responsável por 58,2% de todos os beneficiários de saúde suplementar em Minas Gerais, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Sistema Unimed cresceu no período avaliado tanto dentro quanto fora do estado. Em outubro de 2018, o número total era de 2.998.292. Já em outubro de 2019, esse número subiu para 3.011.749, ou seja, um crescimento de 0,45% (13.457 vidas).
José Cechin, superintendente executivo do IESS, pondera que expectativa é positiva. "À medida que o mercado de trabalho voltar a demonstrar resultados positivos, poderemos ter um novo ciclo de contratações de planos médico-hospitalares", prevê.
O diretor de Integração e Mercado da Unimed Federação Minas, Aylan César de Melo acredita que esse saldo positivo de empregos impulsiona o aumento de beneficiários da saúde suplementar no estado. Aylan aponta que ao analisar o histórico de empregos e beneficiários no estado de Minas Gerais, percebe-se uma correlação positiva forte entre essas duas variáveis.
“Se observarmos o comportamento da curva de empregos e beneficiários no estado, entre setembro de 2014 e setembro de 2019, percebemos que é bem similar”, ressalta.
Nos últimos dois anos, o mercado mineiro tem demonstrado sinais de aquecimento. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, entre outubro de 2018 e outubro de 2019, Minas Gerais teve um saldo positivo de 82.070 novos empregos. Dentre os setores que mais cresceram, destaca-se Construção Civil e Serviços.
O professor Carlos Magno Alves, 53, é um bom exemplo de um beneficiário que conseguiu retornar ao sistema de saúde suplementar. Depois de trabalhar por 26 anos em uma grande companhia de produtos eletrônicos, ao ser desligado da empresa, perdeu o plano de saúde da Unimed não só para ele, mas para a esposa e os dois filhos.
“Hoje consegui minha recolocação no mercado de trabalho, dou aulas em uma escola técnica em Ibirité. Me tornei um MEI (microempreendedor individual) e consegui voltar para o plano de saúde”. Carlos conta que não queria abrir mão dos bons médicos que acompanhavam a saúde dele e dos familiares.