A convivência com centenas de criminosos, os trabalhos forçados e depois a vida de soldado imperial na década de 1850 foram um “laboratório” para Dostoiévski e causaram profundos questionamentos psicológicos e espirituais, inclusive a reconsideração da sua fé cristã secular. Dessa experiência trágica, ele produziu Escritos da casa morta, obra semiautobiográfica, lançada em 1861/62, que acaba de chegar ao mercado brasileiro pela Editora 34, com tradução de Paulo Bezerra, diretamente do russo. Buscou inspiração em inúmeros prisioneiros na fortaleza prisional de Omsk, na Sibéria, para criar personagens marcantes em obras essenciais, como Os demônios, Crime e castigo e Os irmãos Karamázov.
Para evitar a censura do regime czarista, que estava afrouxada desde a morte de Nicolau I, em 1855, mas ainda era forte, Dostoiévski não assume o protagonismo em Escritos da casa morta. O livro tem uma introdução e duas partes. Logo na introdução, já é apresentado o narrador, Aleksandr Pietróvitch Goriántchikov, um aristocrata, dono de terras, que cumpre pena em Omsk sob acusação de matar a mulher por ciúme no primeiro ano de casamento. Já é a primeira diferença com a vida real, porque Dostoiévski foi para a Sibéria como prisioneiro político por suas ideias, principalmente contra o feuda- lismo ainda vigente na Rússia.
Depois da morte de Goriántchikov, são encontradas suas anotações, que ele chamou de Cenas da casa morta, em que é relatada sua realidade no presídio e que são transformadas nas duas partes de Escritos da casa morta. “Assim é o comportamento do seu duplo e narrador Aleksandr Pietróvitch Goriántchikov, em Escritos da casa morta, e em especial durante a montagem do espetáculo teatral dos presos, para o qual o próprio Dostoiévski servira, de fato, como diretor de cena, revelando seus notáveis pendores teatrais e lançando mão de uma mescla de gêneros como a pantomima, o vaudeville, a comédia e a bufonaria (alguns desses gêneros migraram para as suas obras), tudo estribado numa linguagem autenticamente popular, carregada de ditos alegres e insinuações indecentes”, explica o tradutor de Escritos da casa morta, Paulo Bezerra, na apresentação da obra.
“Dostoiévski deu uma tacada de mestre ao delegar formalmente a Goriántchikov a função de autor secundário e narrador, mantendo-o sob sua diretriz de autor primário, fazendo-o realizar seu excedente de humanidade no espaço apropriado para a futura narrativa sobre os galés, e tudo sob o ponto de vista do autor primário Dostoiévski”, diz Bezerra.
Segundo ele, “o que se vê em Escritos da casa morta é a substituição da história inicial do crime e das provações de Goriántchikov por uma profusão de relatos sobre a vida dos galés, com seus crimes e seus castigos, em que o coletivo se sobrepõe ao individual e a narrativa ganha uma envergadura épica que abrange literalmente todos os recantos, habitantes, assuntos e costumes do presídio”.
TRADUÇÃO COM NOVO NOME
Até agora, a obra era conhecida no Brasil como Recordações da casa dos mortos. Paulo Bezerra explica a mudança de nome: “Esta opção para o título em português de Zapiski iz miórtvovo doma deveu-se a alguns fatores. O termo 'casa morta', que é a tradução literal das palavras utilizadas por Dostoiévski, fundamenta-se, sobretudo, pela ausência de 'mortos' na narrativa: os galés do presídio de Omsk são retratados com grande vivacidade. Portanto, não há mortos na tristemente famosa casa, mas homens vivos, sagazes, inteligentes ou não, todos vítimas de uma sinistra moenda de gente”.
Paulo Bezerra conta que a expressão “casa dos mortos” pode estar baseada na frase final do narrador, que fecha o livro falando de uma “ressurreição” entre os mortos. “Cabe lembrar que Dostoiévski já experimentara esse sentimento de ressurreição em 22 de dezembro de 1849, na praça Semiónovski, em São Petersburgo, quando teve sua pena de morte suspensa diante do pelotão de fuzilamento momentos antes da execução.” E completa a explicação do nome da obra: “Quanto à palavra 'escritos', embora os dicionários russo-português registrem a opção de 'memórias' ou 'recordações' como possíveis traduções de zapiski, cabe lembrar que o termo deriva diretamente do radical do verbo pissat ('escrever')”.
O tradutor também entende o termo “casa morta” como reminiscência do Inferno do autor florentino Dante Alighieri (1265-1321). “O próprio narrador chama o presídio de 'inferno', e em alguns capítulos — especialmente em “O banho”, assim como na imagem tétrica do tuberculoso morto, em pele e osso, nu e acorrentado, em “O hospital” — há cenas que lembram diversas passagens da Divina comédia, sobretudo aquelas que se estendem dos cantos V ao XIII do Inferno”, ressalta o tradutor.
O tradutor também entende o termo “casa morta” como reminiscência do Inferno do autor florentino Dante Alighieri (1265-1321). “O próprio narrador chama o presídio de 'inferno', e em alguns capítulos — especialmente em “O banho”, assim como na imagem tétrica do tuberculoso morto, em pele e osso, nu e acorrentado, em “O hospital” — há cenas que lembram diversas passagens da Divina comédia, sobretudo aquelas que se estendem dos cantos V ao XIII do Inferno”, ressalta o tradutor.
XILOGRAVURAS DE GOELDI
Esta nova edição de Escritos da casa morta tem a marca de outro mestre, uma magnífica série de 43 xilogravuras produzidas pelo artista carioca Oswaldo Goeldi (1895-1961), em 1945, preto e branco em tom sombrio e estilizado da vida no presídio de Omsk. Além da apresentação por Paulo Bezerra, o volume tem posfácio de Konstantin Motchulski, um dos principais biógrafos de Dostoiévski, uma carta em que o escritor defende seu livro da censura e dois depoimentos de época sobre o seu período de encarceramento em Omsk.
Mikhail, irmão do escritor, assim definiu Escritos da casa morta: “Essa obra surgiu sob circunstâncias bastante favoráveis. Na censura predominava um clima de tolerância e passaram a aparecer obras literárias cuja publicação, pouco antes, seria inconcebível. A censura ficou um pouco atordoada com a novidade de um livro dedicado inteiramente à vida nos campos de trabalho, com o quadro sombrio formado por aquelas histórias de vilões terríveis e, por fim, com o fato de o próprio autor, um preso político, ter acabado de retornar de lá. Mas isso, mesmo assim, em nenhum momento forçou Dostoiévski a falsear a verdade, e Escritos da casa morta teve um efeito impressionante; consideravam seu autor um novo Dante que descia a um inferno muito mais terrível, pois não existia apenas na imaginação de um poeta, mas no mundo real.”
Mikhail, irmão do escritor, assim definiu Escritos da casa morta: “Essa obra surgiu sob circunstâncias bastante favoráveis. Na censura predominava um clima de tolerância e passaram a aparecer obras literárias cuja publicação, pouco antes, seria inconcebível. A censura ficou um pouco atordoada com a novidade de um livro dedicado inteiramente à vida nos campos de trabalho, com o quadro sombrio formado por aquelas histórias de vilões terríveis e, por fim, com o fato de o próprio autor, um preso político, ter acabado de retornar de lá. Mas isso, mesmo assim, em nenhum momento forçou Dostoiévski a falsear a verdade, e Escritos da casa morta teve um efeito impressionante; consideravam seu autor um novo Dante que descia a um inferno muito mais terrível, pois não existia apenas na imaginação de um poeta, mas no mundo real.”
O biógrafo Motchulski também considera: “Não nos nos engana: em tudo podemos distinguir a voz do próprio Dostoiévski, testemunha ocular dos acontecimentos. Escritos da casa morta foi construído com habilidade fora do comum. A descrição da vida na cadeia e dos hábitos dos prisioneiros, as histórias de ladrões, a caracterização de criminosos específicos, as reflexões sobre a psicologia do crime, os quadros do cotidiano no presídio, o jornalismo, a filosofia e o folclore (…) os presos, sua aparência, suas ocupações e seus hábitos; daquela multidão de pessoas ferreteadas e presas a grilhões. Os planos vão se estendendo, maior é a generalização. Essa composição de vários planos corresponde à ideia de que a prisão é inerte, é uma “Casa Morta”, petrificada em desespero”.
CRIMINOSOS REFINADOS
Alguns criminosos em Omsk impressionaram tanto Dostoiévski que inspiraram personagens dos livros posteriores. Raskólnikov, o protagonista de Crime e castigo, que se dá o direito de matar pelo bem da humanidade e de ideais superiores, uma moral bizarra, tem ecos da prisão do escritor. “Plasmaram-se traços dos tipos cheios de orgulho e sede de poder, que sem nenhum temor ou constrangimento se permitiam ‘derramar sangue humano’ em nome de ideais superiores”, lembra o tradutor Paulo Bezerra. Svidrigáilov, outro personagem importante de Crime e castigo, reflete o profundo amoralismo do prisioneiro Áristov, “oriundo da nobreza, conhecedor das artes, pintor de retratos, que no presídio ganhou o apelido de Briúllov, um dos maiores pintores russos”. Tem inteligência refinada e “sacrifica dezenas de pessoas para satisfazer sua insaciável sede dos prazeres mais grosseiros e devassos.
“Vários traços mundanos e psicológicos de Jerebiátnikov, executor de castigos em Omsk, foram incorporados ao lascivo Fiódor Pávlovitch Karamázov, de Os irmãos Karamázov. “Vê-se, pois, que o presídio de Omsk foi o grande laboratório de muitos dos temas e imagens que depois de 1860 iriam povoar os grandes romances de Dostoiévski, fazendo de Escritos da casa morta uma espécie de enciclopédia desses elementos”, avalia Paulo Bezerra.
Gázin, o assassino de crianças, e Orlóv, o soldado desertor, am- bos prisioneiros em Omsk, dei- xaram marcas na literatura de Dostoiévski, explica o biógrafo Konstantin Motchulski no posfácio de Escritos da casa morta. “O encontro com homens como Gázin e Orlóv foi um acontecimento decisivo na vida espiritual do escritor. Diante dessa realidade, suas convicções desabaram como um castelo de cartas. O humanisno, o utopismo, tudo se despedaçou. O filantropo, que antes pregava a misericórdia pe- los desgraçados e ensinava que “o último entre os homens é teu irmão”, agora exige que a socie- dade seja protegida do monstro, do “Quasímodo moral”, afirma o biógrafo Konstantin Motchulski.
“Vários traços mundanos e psicológicos de Jerebiátnikov, executor de castigos em Omsk, foram incorporados ao lascivo Fiódor Pávlovitch Karamázov, de Os irmãos Karamázov. “Vê-se, pois, que o presídio de Omsk foi o grande laboratório de muitos dos temas e imagens que depois de 1860 iriam povoar os grandes romances de Dostoiévski, fazendo de Escritos da casa morta uma espécie de enciclopédia desses elementos”, avalia Paulo Bezerra.
Gázin, o assassino de crianças, e Orlóv, o soldado desertor, am- bos prisioneiros em Omsk, dei- xaram marcas na literatura de Dostoiévski, explica o biógrafo Konstantin Motchulski no posfácio de Escritos da casa morta. “O encontro com homens como Gázin e Orlóv foi um acontecimento decisivo na vida espiritual do escritor. Diante dessa realidade, suas convicções desabaram como um castelo de cartas. O humanisno, o utopismo, tudo se despedaçou. O filantropo, que antes pregava a misericórdia pe- los desgraçados e ensinava que “o último entre os homens é teu irmão”, agora exige que a socie- dade seja protegida do monstro, do “Quasímodo moral”, afirma o biógrafo Konstantin Motchulski.
RESSURREIÇÃO
A experiência em Omsk para Dostoiévski foi, “de fato, uma ressurreição entre os mortos! Aquele grão que morrera na casa morta agora medrava e dava fruto: geniais romances-tragédia. A experiência do escritor na prisão foi sua riqueza espiritual, diz Motchulski. “Pode acreditar”, escreve Doistoiévski ao irmão, em 1856, “que alguém que passar pelos apuros que eu passei sobreviverá, no final das contas, a um bom número de filosofias, e essa palavra você pode interpretá-la como bem quiser.” O biógrafo conclui: “A filosofia de Dostoiévski é uma filosofia vivida. Ele é um filósofo 'existencial'”.
Terra de gigantes
Outros lançamentos de mestres da literatura russa
A ressurreição de Liev Tolstói
Lançada em 2010 pela finada CosacNaify, a tradução de Rubens Figueiredo para Ressurreição, que forma – com Guerra e paz e Anna Karienina – a trinca de grandes romances de Liev Tolstói (1828-1910), volta às livrarias em outra edição luxuosa. “Predomina o questionamento de teor social e histórico, sempre num tom problemático e de consciência atormentada”, aponta o tradutor na apresentação do último romance do autor, lançado em 1899 e inspirado em uma história verdadeira. Na nova edição, a Companhia das Letras incluiu prefácio, originalmente publicado na revista Serrote, da italiana Natalia Ginzburg.
“Ressurreição é o romance da velhice de Tolstói, e nos parece bem distante de possuir a felicidade poética de Anna Karienina ou de Guerra e paz, mas, mesmo assim, é um livro dotado de uma força representativa extraordinária, uma planta um pouco esmaecida, mas ainda rica de linfa”, destaca a autora de As pequenas virtudes. “Este romance ‘menor‘ de Tolstói sobrevive ao tempo, e não apenas como representação de uma época e de uma sociedade. Ele é, sim, um grande quadro da Rússia às vesperas da revolução.” A editora também acaba de lançar O diabo e outras histórias, coletânea de cinco contos escritos por Tolstói entre 1858 e 1904: Três mortes, Kholstomier, O diabo, Falso cupom e Depois do baile. O posfácio é de Paulo Bezerra.
“Ressurreição é o romance da velhice de Tolstói, e nos parece bem distante de possuir a felicidade poética de Anna Karienina ou de Guerra e paz, mas, mesmo assim, é um livro dotado de uma força representativa extraordinária, uma planta um pouco esmaecida, mas ainda rica de linfa”, destaca a autora de As pequenas virtudes. “Este romance ‘menor‘ de Tolstói sobrevive ao tempo, e não apenas como representação de uma época e de uma sociedade. Ele é, sim, um grande quadro da Rússia às vesperas da revolução.” A editora também acaba de lançar O diabo e outras histórias, coletânea de cinco contos escritos por Tolstói entre 1858 e 1904: Três mortes, Kholstomier, O diabo, Falso cupom e Depois do baile. O posfácio é de Paulo Bezerra.
Ressurreição
» Liev Tolstói
» Tradução de Rubens Figueiredo
» Companhia das Letras
» 448 páginas
» R$ 89,90
Os contos do jovem médico Bulgakóv
Muito antes de se consagrar com O mestre e margarida, Mikhail Bulgákov (1891-1940) decidiu recriar, em contos, as suas impressões da vivência como médico rural em um povoado a 250 quilômetros de Moscou, no início do século 20. Anotações de um jovem médico e outras narrativas, lançado no Brasil pela Editora 34, mostra as agruras e situações inusitadas testemunhadas pelo escritor, então recém-graduado em medicina pela universidade de sua cidade natal, Kiev, em 1916. “Bulgákov desse periodo ainda não é o mestre da sátira e daquela espécie de realismo fantástico que marcam sua escrita desde o início e encontram o ápice em sua obra-prima, O mestre e margarida (...). A fantasia ainda está confinada a alguns sonhos e delírios – recursos que marcam presença na maioria das obras posteriores do autor.
Também é característico que esses delírios por vezes provenham de um estado doentio e que coloquem dúvidas no personagem sobre sua própria estabilidade mental”, explica, no prefácio, a tradutora Erika Batista. Ela lembra que os contos, publicados na imprensa russa na década de 1920, só foram reunidos em livro mais de 20 anos depois da morte do autor, em Moscou, em 1940. “Marcada por descrições impactantes e um ritmo vigoroso, a prosa do jovem Bulgákov já seria de grande interesse caso constituísse apenas testemunho documental desses anos cruciais da história de seu país. Bulgákov, contudo, não era jornalista, mas escritor. E submeteu sua experiêencia pessoal à sofisticada elaboração estética que marcaria sua prosa posterior”, lembra, na orelha, o crítico Irineu Franco Perpétuo. Com o título Diários de um jovem médico, o livro foi adaptado para a TV inglesa em 2012, em uma série de seis episódios estrelada por Daniel Radcliffe (Harry Potter) e Jon Hamm (Mad Men). A edição brasileira inclui ensaio do crítico e dissidente russo Efim Etkind.
Também é característico que esses delírios por vezes provenham de um estado doentio e que coloquem dúvidas no personagem sobre sua própria estabilidade mental”, explica, no prefácio, a tradutora Erika Batista. Ela lembra que os contos, publicados na imprensa russa na década de 1920, só foram reunidos em livro mais de 20 anos depois da morte do autor, em Moscou, em 1940. “Marcada por descrições impactantes e um ritmo vigoroso, a prosa do jovem Bulgákov já seria de grande interesse caso constituísse apenas testemunho documental desses anos cruciais da história de seu país. Bulgákov, contudo, não era jornalista, mas escritor. E submeteu sua experiêencia pessoal à sofisticada elaboração estética que marcaria sua prosa posterior”, lembra, na orelha, o crítico Irineu Franco Perpétuo. Com o título Diários de um jovem médico, o livro foi adaptado para a TV inglesa em 2012, em uma série de seis episódios estrelada por Daniel Radcliffe (Harry Potter) e Jon Hamm (Mad Men). A edição brasileira inclui ensaio do crítico e dissidente russo Efim Etkind.
Anotações de um jovem médico e outras narrativas
» Mikhail bulgákov
» Tradução de erika batista
» Editora 34
» 216 páginas
» R$ 54
OBRAS COMPLETAS
Toda a ficção de Dostoiévski publicada pela Editora 34
Gente pobre (1846), tradução de Fátima Bianchi n O duplo (1846), tradução de Paulo Bezerra n A senhoria (1847), tradução de Fátima Bianchi (2006 n Noites brancas (1848), tradução de Nivaldo dos Santos n Niétotchka Niezvânova (1849), tradução de Boris Schnaiderman n Um pequeno herói (1857), tradução de Fátima Bianchi n A aldeia de Stepántchikovo e seus habitantes (1859), tradução de Lucas Simone n Dois sonhos: O sonho do titio (1859) e Sonhos de Petersburgo em verso e prosa (1861), tradução de Paulo Bezerra n Humilhados e ofendidos (1861), tradução de Fátima Bianchi n Escritos da casa morta (1862), tradução de Paulo Bezerra n Uma história desagradável (1862), tradução de Priscila marques n Memórias do subsolo (1864), tradução de Boris Schnaiderman n O crocodilo (1865) e Notas de inverno sobre impressões de verão (1863), tradução de Boris Schnaiderman n Crime e castigo (1866), tradução de Paulo Bezerra n Um jogador (1867), tradução de Boris Schnaiderman n O idiota (1869), tradução de Paulo Bezerra n O eterno marido (1870), tradução de Boris Schnaiderman n Os demônios (1872), tradução de Paulo Bezerra n Bobók (1873), tradução de Paulo Bezerra n O adolescente (1875), tradução de Paulo Bezerra n Duas narrativas fantásticas: A dócil (1876) e O sonho de um homem ridículo (1877), tradução de Vadim Nikitin n Os irmãos Karamázov (1880), tradução de Paulo Bezerra .
Contos reunidos
tradução de Priscila Marques, Boris Schnaiderman, Paulo Bezerra, Fátima Bianchi, Denise Sales, Vadim Nikitin, Irineu Franco Perpetuo, Daniela Mountian e Mossei Mountian, incluindo:
“Como é perigoso entregar-se a sonhos de vaidade” (1846) n “O senhor Prokhártchin” (1846) n “Romance em nove cartas” (1847) n “Um coração fraco” (1848) n “Polzunkov” (1848) n “Uma árvore de Natal e um casamento” (1848) n “A mulher de outro e o marido debaixo da cama” (1860) n “O ladrão honrado” (1860) n “O crocodilo” (1865) n “O sonho de Raskólnikov” (extraído de Crime e castigo, 1866) n “Vlás” (1873)* n “Bobók” (1873)* n “Meia carta de ‘uma certa pessoa’” (1873)* n “Pequenos quadros” (1873)*, n “Pequenos quadros (durante uma viagem)” (1874) n “A história de Maksim Ivánovitch” (extraído de O adolescente, 1875) n “Um menino na festa de Natal de Cristo” (1876)*n “Mujique Marei” (1876)* n “A mulher de cem anos” (1876)* n “O paradoxalista” (1876)*n “Dois suicídios” (1876)* n “O veredicto” (1876)* n “A dócil” (1876)* n “Uma história da vida infantil” (1876)* n “O sonho de um homem ridículo” (1877)*, n “Plano para uma novela de acusação da vida contemporânea” (1877)* n “O tritão n “O grande inquisidor” (extraído de Os irmãos Karamázov, 1880 n E ainda “A mulher do outro” (1848) n “O marido ciumento” (1848) n “Histórias de um homem vivido” (1848) n “Dormovold quo”. O volume inclui o conjunto das obras de ficção publicadas no Diário de um escritor (1873-1881), aqui assinaladas com *.