Jornal Estado de Minas

HISTÓRIA

Eugene Rogan traça a trajetória dos povos árabes nos últimos cinco séculos



“O uso excessivo da força e as punições coletivas degeneraram em abusos e atrocidades que manchariam para sempre o mandato britânico na memória dos palestinos. As atrocidades mais hediondas vinham em retaliação à morte de soldados britânicos pelos insurgentes. Em um caso bem documentado, soldados britânicos se vingaram de companheiros mortos por uma mina terrestre em setembro de 1938, colocando mais de 20 homens da aldeia de Al-Bassa em um ônibus e forçando-os, sob a mira de armas, a dirigi-lo sobre uma enorme mina terrestre que os próprios britânicos tinham enterrado no meio da estrada de acesso à aldeia. Todos os ocupantes morreram na explosão, e seus corpos mutilados foram fotografados por um soldado britânico antes que os aldeões fossem obrigados a enterrá-los em uma vala comum. Os árabes palestinos haviam sofrido uma derrota total e, em 1939, não conseguiam mais lutar. Cerca de 5 mil homens foram mortos e 10 mil ficaram feridos –  mais de 10% da população masculina adulta foi morta, ferida, presa ou exilada. No entanto, os britânicos dificilmente poderiam reivindicar a vitória. O custo de reprimir a revolta era insustentável, e eles nãoconseguiram impor suas políticas aos árabes palestinos.”


É do historiador norte-americano Eugene Rogan, professor de história moderna do Oriente Médio na Universidade de Oxford, autor de “Os árabes – Uma história” (Zahar), a descrição das atrocidades praticadas por tropas britânicas entre 1936 e 1939 contra árabes palestinos, numa tentativa de silenciar a revolta em repúdio à ocupação da região pelo mandato britânico. Tal inferno em vida dos árabes palestinos retrocede à colonização de sua terra pelos judeus europeus, mas soa atual. A Palestina segue palco de violência que, embora grite ao mundo, está prestes a ser naturalizada. 





Procurando agarrar 500 anos de história em densas 792 páginas, Rogan percorre desde o século 16, do domínio otomano à colonização britânica e francesa, passando pela Guerra Fria até alcançar a era da hegemonia norte-americana na região e, mais recentemente, os desdobramentos da chamada Guerra ao Terror, intensificada pelos Estados Unidos após 11 de setembro de 2001, e a chamada Primavera Árabe que dela se desdobra. Na base de seu argumento está o “mal-estar árabe”, que eclode na Primavera Árabe, gestado em longos séculos de dominação desse povo, que alcança o novo milênio governado por ditaduras excludentes e autoritárias, manietadas por potências estrangeiras, que se revezaram em anos de domínio e exploração de uma região tão estratégica para o planeta. 

Publicado pela primeira vez na Europa em 2009, trata-se de monumental trabalho de pesquisa do mesmo autor de “A queda dos otomanos: a Grande Guerra no Oriente Médio”. Rogan procura, em sua obra, adotar a perspectiva dos povos árabes, dentro dos limites possíveis a um professor ocidental, para quem o foco da história em geral não escapa do viés eurocêntrico. Mas o esforço é notável. Mergulha em pesquisa documental de fontes árabes, idioma que fala por ter vivido, na infância, em Beirute e no Cairo, recupera textos de época e o testemunho de atores que participaram ou leram os muitos conflitos em perspectiva diferente daquela ordinariamente reproduzida pelo Ocidente. O resultado é um rico panorama histórico da evolução dos diversos povos árabes e não árabes envolvidos no cenário policromático que compõe essas terras, que se estendem do Marrocos ao Iraque, uma visita desde os movimentos embrionários do panorama político e cultural dos diversos povos árabes ainda sob domínio otomano. 

São muitos os pontos altos da obra, entre eles o capítulo 9, que aborda “O desastre palestino e suas consequências”, no qual o autor entrelaça o imperialismo e o colonialismo europeus com a criação do Estado de Israel e a expulsão dos palestinos de seus territórios. Rogan discorre sobre as diferenças que habitam o movimento de resistência palestino, a forma como os países árabes ainda continuam a usar, em interesse próprio, a defesa ou recusa em criação do Estado Palestino, assim como, e sobretudo, a intransigência de Israel ao ignorar e não cumprir as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) para a retirada de colonos israelenses estrategicamente instalados na Cisjordânia. São muitos os desdobramentos de tais eventos para os países árabes, um deles a guerra civil do Líbano (1975-1990), carnificina que ceifou centenas de milhares de vidas, envolvendo cristãos do Partido Falangista, muçulmanos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e judeus israelenses. Duas invasões do Exército de Israel marcaram as fases mais violentas do conflito, em 1978 e em 1982. Beirute se tornou um cemitério a céu aberto, com a maior parte de suas milenares edificações históricas reduzidas a cinzas. 





Não menos importante são os relatos de Rogan sobre os métodos utilizados por extremistas judeus na Palestina, quando, em janeiro de 1944, declararam guerra à Grã-Bretanha, que administrava o território, detalhando as cenas de violência e execuções empregadas pelas organizações terroristas judaicas Lehi e o Irgun (Irgun Zvai Leumi ou Organização Militar Nacional). Enquanto o Irgun realizava ataques contra as sedes do mandato britânico e a infraestrutura de comunicações na Palestina, o Lehi promovia o assassinato de oficiais britânicos.

Em 6 de novembro de 1944, a organização ganhou especial destaque quando dois de seus membros assassinaram o ministro britânico residente no Oriente Médio, Lord Moyne, em frente de sua casa, no Cairo. “Moyne era o mais alto dirigente britânico no Oriente Médio e havia concordado com as restrições impostas pelo Livro Branco à imigração judaica na Palestina”, descreve Rogan. São muitas e por longo período as ações terroristas dos extremistas judeus, que deixam o legado e ensinamentos aos grupos árabes, que hoje acusam de extremismo.

A obra chega ao Brasil em tradução de Marlene Suano, professora do Departamento de História da Universidade de São Paulo, com capítulo adicional abordando os acontecimentos pós-Primavera Árabe. Até então, o único título sobre o tema com a mesma pegada histórica, traduzido no Brasil, era “Uma história dos povos árabes”, do anglo-libanês Albert Hourani (1915-1993), inclusive mentor de Eugenio Rogan.





O fio da história

Baseados em Damasco, Bagdá, Cairo e Córdoba, os grandes impérios islâmicos surgiram e se consolidaram nos primeiros 500 anos após o surgimento do islamismo, entre os séculos 7 e 12 da era cristã. Tais foram os séculos islâmicos em que, como potência dominante, definiram os árabes como um povo que compartilhava uma língua, origens étnicas entre as tribos da Península Arábica e, para a maioria, a fé comum no islamismo sunita, afirma Eugene Rogan. Mas o descenso árabe tem os seus próprios marcos. As terras islâmicas começaram a ser devassadas a partir de 1099, quando, após um cerco sangrento, os cruzados tomaram Jerusalém. Assim, iniciavam-se ali na região 200 anos de domínio estrangeiro. Em 1258, os mongóis saquearam Bagdá, sede do califado abássida. E em 1492, a Reconquista Católica expulsou o último dos muçulmanos em poder na Península Ibérica. Naquele momento, sob o sultanato mameluco (1250-1517), o Cairo se mantinha como sede do poder islâmico, governando o território que hoje compreende o Egito, a Síria, o Líbano, Israel, a Palestina, a Jordânia, além das províncias do Mar Vermelho da Arábia Saudita. Mas, depois das conquistas otomanas do século 16, o último bastião desse domínio se desfez. 

Mehmed, o Conquistador, tomou em 1453 a capital bizantina, Constantinopla, rebatizando-a Istambul. Em 1516, sob o sultão Selim, o Severo, os otomanos incorporam o império mameluco, na famosa batalha de Marj Dabiq (1516), local próximo da atual cidade síria de Alepo. Eugene Rogan usa as palavras de um cronista mameluco da época, Ibn Iyas, para descrever o final dessa batalha e o começo de sua história: “Era de deixar branco o cabelo de uma criança e derreter o ferro em sua fúria”. A artilharia otomana havia dilacerado o Exército mameluco, acostumado à guerra medieval baseada no confronto pessoal e armas manuais, incapazes de enfrentar o Exército otomano com canhões e armamento de fogo. Segundo o cronista, o campo de batalha tornou-se campo de “corpos sem cabeça e rostos cobertos de poeira e medonhamente transformados”. Uma derrota assim fez ruir em menos de três meses o Império Mameluco da Síria até o Egito. Posteriormente, novas terras do Norte da África até a atual Arábia Saudita foram incorporadas ao Império Otomano, e os seus novos donos governam a maior parte dos povos árabes desde este longínquo ano de 1517 em domínio que se estende até a derrocada otomana na Primeira Guerra Mundial, em 1918.

A nova sede do crescente Império Otomano, embora muçulmano sunita, era turca, não árabe: estes começam a navegar a era moderna pelas regras de outros povos, registra Eugene Rogan. E assim seguiram até os dias atuais, sob ditaduras excludentes e repressoras internamente, mas em geral dóceis aos interesses de potências estrangeiras. Os otomanos governaram os árabes por quatro séculos, vivendo o seu ápice durante o século 17, ao final do qual, em 1699, sofreram a primeira perda territorial para o Império Austro-Húngaro: Croácia, Hungria, Transilvânia e Podólia, na Ucrânia. Durante esse período, foram diversas as tentativas árabes de ampliar a sua autonomia e até conquistar a independência dos otomanos.





Histórias saborosas 

Rogan aponta para uma sorte de personagens e lideranças regionais, com as suas clivagens e convergências. São histórias saborosas, inclusive de atores políticos não árabes, como o famoso corsário berbere Khayr Din (1470-1546), também conhecido como Barba Ruiva (Barbarossa); assim como a elite de soldados otomana, composta de meninos recrutados e escravizados na Europa Oriental e outros territórios do império, educados no islã, nas artes marciais, forçados a servir no Exército do sultão, no qual progrediam aos postos de comando. Entrelaçavam-se, dessa forma, otomanos com as lideranças árabes locais, apontando para o diversificado painel da formação cultural dos árabes ao longo dos séculos. Fakhr Din (1572-1635), emir druso e homem forte do Monte Líbano sob o domínio otomano; os primeiros desafios árabes no Egito e na atual Arábia Saudita, com a então nova versão religiosa do islamismo que está na base da formação da monarquia saudita, o Wahabismo; Ali Bei (1728-1773) e as tentativas no Egito de ganhar autonomia dentro do Império Otomano. 

O início da derrocada do Império Otomano se processa com o surgimento dos europeus no cenário e as suas crescentes vitórias militares – com os russos no Ori- ente e franceses, ingleses no Egito. Em outras regiões, as alianças e cooperações iniciais entre atores árabes e europeus são detalhados em boas páginas do livro. Rogan se mostra um excelente observador quando enfatiza o papel do sistema financeiro na corrosão dos governos locais árabes e do próprio Império da Sublime Porta (designação corrente dada ao Império Otomano). “A maior ameaça individual à independência do Oriente Médio não foram os exércitos da Europa, mas seus bancos”, sustenta o autor.

Os dados que Rogan apresenta sobre os empréstimos e endividamentos das monarquias da região são extraordinários e demonstram como europeus vão substituindo a dominação turco-otomana pela financeira e administrativa, antes de passar à militar e política. 





Diferentemente do que se esperou, contudo, a queda do Império Otomano, em 1918, ao final da Primeira Guerra Mundial, não levou à uma nova era de independência e grandeza nacional do mundo árabe. “Os franceses e ingleses usaram a Conferência de Paz de Paris para aplicar o sistema estatal moderno ao mundo árabe, com todos os territórios árabes, exceto os da Arábia Central e do Sul, caindo sob alguma forma de domínio colonial. Na Síria e no Líbano, recém-saídos do domínio otomano, os franceses deram às suas colônias uma forma republicana de governo. 

Os britânicos, por sua vez, dotaram as suas possessões no Iraque e na Transjordânia com as armadilhas do modelo de monarquia constitucional de Westminster. A Palestina foi exceção, pois a promessa de criar um espaço nacional judaico, contra a vontade da população local, minou todos os esforços para formar um governo nacional”, descreve Rogan. Portanto, após a Primeira Guerra Mundial, franceses e ingleses trataram da fragmentação dos territórios árabes que havia sido ajustada anos antes no acordo Sykes-Picot (1916). O livro demarca bem as digitais que geraram o caos atual do cenário árabe: ao serem formatadas nações absolutamente diferentes, por meio de traçados territoriais que uniam inimigos seculares, o que é revelador das intenções das potências europeias em dividir para imperar. 

Nacionalismo e Guerra Fria

Os anos da Guerra Fria foram um período de descolonização. Um legado duradouro desse período colonial, afirma o autor, foi a tensão entre o nacionalismo dos Estados-nação e as ideologias nacionalistas pan-árabes. 





“Quando os Estados árabes começaram a se tornar independentes do domínio colonial, as divisões entre eles já haviam se tornado permanentes”, afirma Eugene Rogan, que acrescenta: “A experiência colonial transformou os árabes em uma comunidade de nações, e não em uma comunidade nacional, e os cidadãos se decepcionaram com os resultados”. França e Inglaterra perdem influência no mundo árabe, enquanto Estados Unidos e a então União Soviética tentavam integrá-lo às suas esferas de influência. Por quase meio século – de 1945 a 1990 – um país poderia ser aliado dos Estados Unidos ou da União Soviética, mas não poderia ter boas relações com ambos.
 
“O povo árabe, de maneira geral, não estava interessado nem no anticomunismo americano nem no materialismo dialético soviético. Seus governos tentaram seguir um caminho intermediário por meio do Movimento dos Países Não Alinhados – sem sucesso. Em determinado momento, cada Estado do mundo árabe foi forçado a tomar partido”, afirma o autor. 

11 de Setembro e a Primavera Árabe

Pouco depois da queda do Muro de Berlim, em 1989, a Guerra Fria cede espaço para a nova era unipolar, de poder norte-americano na região sem restrições, particularmente com a ascensão dos neoconservadores ao poder pela eleição de George H. W. Bush, em 2000. A partir de 11 de setembro de 2001, a chamada Guerra ao Terror passa a ser o instrumento de política externa, não apenas pela necessidade de combate ao terrorismo, mas como política de inserção internacional e uma política de intervenção. 





Em 2003, os Estados Unidos invadem o Iraque, antigo aliado na região, caçam Saddam Hussein e, em desdobramento, ao alijar sunitas do poder, sobre o ressentimento sunita, com o estímulo da Al-Qaeda, nasce o Estado Islâmico, novo ator que se constitui foco de instabilidade para a região, dentro da perspectiva jihadista radical. Em poucos anos, o Estado Islâmico passa a controlar dois terços do território iraquiano e igual proporção do território sírio. As consequências desastrosas da chamada Guerra ao Terror movida pelos Estados Unidos, que em apenas um de seus lances, sob alegações nunca comprovadas de “armas químicas”, deixou o macabro saldo de 100 mil a 150 mil mortos no Iraque (2003), segundo estimativas ocidentais citadas pelo autor.

A Primavera Árabe, que da Tunísia, em janeiro de 2011, se alastra em poucas semanas pela Argélia, Líbia, Marrocos e Síria, desencadeia, na Síria, uma década perdida em guerra civil, catástrofe humanitária e movimentos migratórios forçados, levando mais instabilidade à região e em particular ao vizinho Líbano. Na Síria, a intenção dos Estados Unidos, em princípio, era, sob o pretexto da Primavera Árabe, derrubar Bashar Hafez al-Assad. Mas, ao intervir, levou ao alinhamento da Rússia em apoio ao governo sírio. Mas, quando os norte-americanos reavaliaram o fortalecimento do Estado Islâmico – contra o qual, em aliança com os curdos, também estavam em guerra no Iraque –  mudaram o foco da estratégia para combater o grupo radical na Síria. 
 
É de certa forma decepcionante o fato de, após reconstituir ricamente a história do povo árabe, demarcado em territórios por europeus no pós-Primeira Guerra Mundial, a abordagem que Eugene Rogan faz da nova desordem mundial, estruturadano cenário de economias híbridas para sistemas denominados por alguns analistas mais acurados como a ordem tecnofeudal. 





Ao analisar a chamada Primavera Árabe e a sua gradativa transformação em um “inferno árabe”, Rogan passa ao largo de temas como a prevalência das big techs na era da pós-verdade, as suas parcerias com os serviços de informação, a promoção das guerras híbridas – parte das quais se incluem as revoluções coloridas. Apesar disso, o autor relata, exceção feita à Tunísia, o resultado amargo colhido em tais primaveras para a população, excluída política e financeiramente da ordem social daqueles países: em vários deles, do “Cairo a Istambul”, representou o retorno dos militares à cena política, como no caso do Egito, ou ao cenário de guerra civil, como na Líbia, Síria e Iraque. Assim, os ditadores que se foram encontraram substitutos ainda menos preocupados com os interesses de seus súditos. 

Ainda pior foi o fato de monarquias autocráticas, como a Arábia Saudita, leais a parceiros ocidentais, terem cruzado esse cenário intensificando a repressão sobre os concidadãos. O cenário para os povos árabes, se era ruim, é agora desesperador: todo o sangue derramado nada ensinou às elites locais e a seus parceiros ocidentais. Nesse sentido, Rogan, apesar de retratar essa tragédia, não evidencia as causas.
 

Os europeus e o pandemônio

Fato é que a concentração de poder econômico e político gera uma distopia permanente e os efeitos disso se fazem sentir não só nos países em questão, com as guerras que prosseguem e com as revoluções inconclusas. Desse pandemônio que vai sendo gerado, nem os europeus escapam. Os árabes e povos afetados, que antes acampavam nas praças, como a Tahrir, agora marcham em direção à Europa, onde vivenciam outras formas de inferno: discriminação social e marginalização econômica impostas por democracias ocidentais. 





Quando, em 17 de setembro, o ambulante vendedor de frutas Mohamed Bouazizi, da cidade de Sid Bouzid, na Tunísia, encharcou o corpo em solvente de tinta, deixando-se arder em frente ao gabinete de governo, pode ter queimado mais que o velho mundo árabe, que Rogan tão bem descreve. Ao se autoimolar em cenas dramáticas e viralizadas nas redes sociais, Bouazizi não falou apenas de si. Escancarou o mal-estar de  povos, que tanto na Tunísiaquanto em diferentes países, se percebem igualmente vítimas de regimes autocráticos, uma experiência de frustração, exclusão e repressão permanentes. 

Profunda inquietação continua a pairar sobre o mundo árabe. O livro de Rogan é, sem dúvida, uma obra de grande contribuição para compreender historicamente como aquela região do mundo e parte do seu povo chegaram à distopia atual. Entendê-la pode ajudar a evitar outras distopias – inclusive no Brasil.
 
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“OS ÁRABES – UMA HISTÓRIA”

• Eugene Rogan
• Tradução de Marlene Suano
• Zahar editora
• 792 páginas
• R$ 139,90;  e-book, R$ 44,90

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