"Só havia lançado poesia e acadêmicos, mas eu ficava sentindo falta de algo que eu gosto de ler, que é o livro de não-ficção que narra uma história, traz alguma informação que nos faz refletir, repensar, em alguns casos, o que nos rodeia, seja socialmente ou politicamente. Então, escolhi o livro da Jazmina pra recomeçar essa nova vereda por aqui", destaca Nathan.
A tradução é de Silvia Massimini Felix e o título vem da mudança na pigmentação que aparece no ventre durante a gravidez. A autora nasceu na Cidade do México em 1988 e tem livros publicados em nove países. Para o editor Nathan Matos, Jazmina Barrera conseguiu misturar em "Linea nigra" a própria voz com imagens artísticas que conheceu pela mãe ou por si própria em meio ao crescimento de sua barriga e o nascimento de seu primeiro filho.
Mais histórias reais
Além de "Linea nigra", a Moinhos vai lançar, ainda este ano, outro título de não-ficção. "Também autobiográfico, narra um momento longo da vida de uma mulher que saiu da China e teve que voltar por algumas questões desconhecidas e que acabou sendo presa em um 'campo de concentração'", antecipa Nathan Matos.
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Ele lembra que a editora, conhecida pela aposta certeira em nomes da literatura latino-americana contemporânea, lançou anos atrás um livro-reportagem: "Bienvenidos: história de bolivianos escravizados em São Paulo", da jornalista Susana Berbert, "algo que vai na linha do que acredito que devemos publicar. Há muitas dores no mundo, talvez editar alguns livros dessas pessoas possam nos ajudar, de alguma maneira, a ver o horizonte de outra forma", acredita Nathan. "É quase utópico, mas enquanto editor, ainda acredito nisso."
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