Antes de se debruçar sobre “Sempre Susan, um olhar sobre Susan Sontag”, escrito por Sigrid Nunez em 2011, e agora lançado no Brasil pela editora Instante, convém que o leitor pesquise e amplie o foco da cena principal: quem foi Susan Sontag? No contexto do auge da Guerra Fria (anos 1960, 1970), Sontag ousava questionar, em ensaios brilhantes e militância ativa, a política externa norte-americana.
Foi um tempo em que, por exemplo, no que diz respeito à América Latina, o imperialismo estadunidense se apresentava patrocinando golpes de estado, apoiando ditaduras, inclusive a brasileira, ensinando aos órgãos de controle como construir aparelhos de repressão “eficientes”, com o emprego de tortura.
Entrevista/Sigrid Nunez
'Acho que ela era mais valiosa como pensadora do que como feminista'