Olavo responde a processo por quebra de decoro parlamentar por supostamente ter vendido uma fábrica de refrigerantes à Schincariol por um preço acima do mercado.
Segundo Araújo, não há nada que possa incriminar o deputado. "Se Olavo Calheiros é santo, tenho certeza que não, mas nem por isso ele vai arder na fogueira da injustiça, pois a fumaça da peça inicial não se originou de brasas do comburente com que imaginavam alimentar o fogo de uma inquisição política." O relator disse ainda que não foi influenciado na sua posição pelas ações movidas contra Renan.
"Cuidei aqui como era meu dever unicamente das acusações contra o representado." Araújo rechaçou a representação encaminhada pelo PSOL. "A instrução do processo --depoimentos, oitivas, diligências--, juntada de documentos, demonstrou que não há elementos que possam embasar pedido de perda de mandato do representado por quebra de decoro parlamentar." O relatório de Araújo deve ser votado hoje pelo Conselho de Ética da Câmara.
Alagoas
No dia 24 de outubro, um grupo de quatro deputados integrantes do conselho foi a Alagoas para apurar as denúncias contra Olavo. Segundo a assessoria do Conselho de Ética, os deputados visitaram a fábrica da Schincariol, localizada em Murici (60 km de Maceió), reduto político do clã Calheiros. Também participaram de uma audiência com o prefeito de Murici, Renan Calheiros Filho (PMDB). .