“Ao homenageá-lo nesses seus 90 anos, homenageamos uma das mais extraordinárias obras de governo ocorridas em Minas Gerais. E ninguém faz nada, absolutamente, sozinho. Todos nós somos sequência um do outro, todos somos herdeiros das virtudes daqueles que nos antecederam. Se hoje alcançamos alguns êxitos nesse governo, é porque houve o governo de Rondon Pacheco”, afirmou Aécio Neves, em seu pronunciamento.
Segundo o governador, a homenagem a Rodon Pacheco deve ser entendida como reverência ao lado ético da política brasileira. Ele disse também que políticos como Rondon Pacheco ajudaram a fazer de Minas um dos estados mais importantes do país.
“É reverenciando a nossa história, buscando valorizar a ação daqueles que nos antecederam, que Minas chega ao início dos anos 2000 em condições de se afirmar perante o Brasil, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista político. Somos hoje um estado respeitado nacionalmente. Temos uma contribuição importante ainda a dar ao fortalecimento da economia brasileira e temos buscado, com parcerias com tantos que aqui estão, independente de partidos políticos, permitir que Minas também avance em seus indicadores sociais, o que vem ocorrendo”, afirmou o governador.
Emoção
Rondon Pacheco também recebeu a Medalha do Dia de Minas, uma das mais altas condecorações do Estado. Ele lembrou sua trajetória e vocação política desde os tempos em que presidiu o Diretório Acadêmico Afonso Pena, da Escola de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e disse que se sentia honrado com a homenagem.
“Eu me sinto honradíssimo ao ser recebido neste Palácio da Liberdade, palavra densa que evoca sentimentos do civismo mineiro”, disse o ex-governador, emocionado.
Rondon manifestou confiança no futuro do país, afirmando que o Brasil teve suas fronteiras alargadas pela criação de novos estados e está experimentando um dos mais expressivos processos de crescimento da história. Mas defendeu reformas estruturais para dar suporte as mudanças que estão ocorrendo.
“Como brasileiro, vejo que o Brasil está almejando grandes reformas. São reformas imperiosas e inadiáveis. Somos um país emergente no plano internacional e uma das reformas mais urgentes e necessárias é a reforma política. Outra reforma importantíssima que deverá necessariamente surgir é a tributária, para que possamos alcançar o equilíbrio federativo que vai trazer ao país novos horizontes”, disse Rondon Pacheco.
Entre os presentes à homenagem, o ex-presidente Itamar Franco, o ex-governador Francelino Pereira, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, o vice-governador Antonio Anastasia, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Veloso, o senador Eliseu Rezende; os prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, e de Uberlândia, Odelmo Leão; o presidente da Fiat, Cledorvino Belini e Luiz Alberto Garcia, presidente da Algar.