Apesar de se dizer unido em torno da proposta de um salário mínimo de R$ 600, o PSDB já admite que deve sair derrotado na queda de braço contra o governo nesta quarta-feira, na votação do reajuste. ''Sabemos que dificilmente haverá, pela pressão do governo, viabilidade na vitória desses R$ 600, todo mundo já está percebendo isto'', afirmou nesta segunda-feira o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP).
O deputado afirmou que caberá ao partido, juntamente com o DEM, tentar mostrar que o valor defendido por José Serra (PSDB) na campanha eleitoral é viável. Se sair derrotado, o plano B é tentar lutar pelo menos por um valor maior do que os R$ 545 propostos pelo governo. ''Entendemos nesse momento, com os argumentos técnicos, sem desequilíbrio no orçamento da União, de que há uma margem por sub estimativa das receitas da Previdência, de poder dar o salário mínimo de R$ 600 e vamos apresentar emenda e ela será nominalmente votada na quarta-feira''. Presidência Quando questionado sobre os candidatos do partido que podem disputar a Presidência em 2014, Duarte Nogueira afirmou que não é hora de ''fulanizar'' a discussão, tentando antecipar nomes para a disputa. Ele afirmou que somente em maio o Diretório Nacional vai se reunir para falar em renovação, mas que o PSDB não terá problemas de falta de quadros para apresentar na disputa. ''A candidatura natural é aquela que ocorre dentro do partido por convergência e falar de candidatura natural nesse momento não é natural, não é?'', desconversou. Apesar disso, ele afastou a possibilidade de uma nova candidatura de José Serra. ''Olha, [Serra] já foi candidato à presidente, é uma figura nacionalmente conhecida, sempre vai ser lembrado como uma liderança importante no partido, assim como Aécio, assim como Fernando Henrique, assim como o governador Anastasia, Geraldo Alckmin, Beto Richa e tantos outros que são as nossas lideranças maiores'', afirmou.