O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, afirmou nesta segunda-feira que o PMDB tem de apoiar o governo na aprovação da proposta de reajuste do salário mínimo para R$ 545 no Congresso Nacional. "O PMDB é uma aliado do governo e é nessas horas que se tem que ter a solidariedade dos aliados", disse. Ele disse que comparou a relação de um aliado com o governo a um casamento em que é preciso "apoio na saúde e na doença".
Alves disse que, como ministro da Previdência, tem preocupação em relação aos efeitos que um aumento maior do mínimo pode ter sobre as contas do governo. Segundo o ministro, não há condições de que seja concedido um reajuste para além de R$ 545. Ele admitiu, no entanto, que embora seja ministro da Previdência e uma liderança do PMDB, ainda não foi chamado para participar das negociações com os parlamentares e com o governo sobre o reajuste do salário mínimo. "Se eu for chamado, darei a minha contribuição. Por ora, não fui", declarou. O ministro da Previdência esteve hoje à tarde no ministério da Fazenda reunido com o secretário da Receita, Carlos Alberto Barreto, por mais de uma hora. Garibaldi está tentando reverter uma decisão do fisco de fechar uma unidade da Receita na localidade de Areia Branca (RN), onde há um porto ilha que responde por embarques de sal.