A votação do novo valor do mínimo só começou depois que o relator da matéria, deputado Vicentinho (PT-SP), conseguiu o acordo entre os líderes garantindo a votação nominal com o registro no painel eletrônico das emendas que propunham o mínimo de R$ 600, defendida pelo PSDB, e de R$ 560, apresentada pelo DEM. Antes disso, ao apresentar seu parecer favorável, o ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) chegou a ser vaiado pelos sindicalistas presentes na sessão."Meu compromisso é com o trabalhador. Tenho certeza que as vaias de hoje vão se transformar em aplausos em janeiro do ano que vem, quando o valor vai chegar a mais de R$ 600", comentou.
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PSOL apresenta proposta de R$ 700 para o salário mínimoVaiado, relator apresenta parecer favorável ao mínimo de R$ 545Manifestações irritam deputados na votação do mínimoPMDB supera PT e dá 100% de apoio aos R$ 545Batalha do mínimo vai ser mais fácil entre senadoresGoverno doma rebeldes e atropela a oposição ao aprovar mínimo de R$ 545O deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara, argumentou que a medida não é inconstitucional. “O uso do decreto será apenas para divulgar o valor do salário mínimo”, ressaltou. O projeto estabelece que o reajuste será de acordo com a inflação dos 12 meses anteriores ao reajuste mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do penúltimo ano.
Pelo projeto, o reajuste para 2012 será definido com base no cálculo da inflação de 2011 mais o crescimento real do PIB de 2010. O reajuste para 2013 será a inflação de 2012 mais o crescimento real do PIB de 2011. Em 2014, o cálculo do salário mínimo será a inflação de 2013 mais o crescimento real do PIB de 2012 e, em 2015, o reajuste será a soma da inflação de 2014 mais o crescimento real do PIB de 2013. Desde janeiro deste ano, o salário mínimo é de R$ 540 por força da Medida Provisória 516/10. Esse valor foi encontrado com base em estimativa da inflação em dezembro de 2010.
Senado
O projeto de lei do salário mínimo deve ser votado na próxima quarta-feira no plenário do Senado, adiantou o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Ele acrescentou que o ministro da Fazenda Guido Mantega, colocou-se à disposição dos líderes partidários para debater a matéria. A visita do ministro ao Senado, entretanto, ainda não foi confirmada.