Houve pressão também no PMDB e no PTB. No primeiro caso, porque garantir os 77 votos da bancada era também a primeira oportunidade para que o líder Henrique Eduardo Alves (RN) mostrasse capacidade de apaziguar os ânimos e conter a insatisfação de parte do partido com a distribuição de cargos. Ele conseguiu. Os parlamentares da sigla não deram um voto sequer aos dois projetos paralelos que reajustavam os salários para valores maiores do que o pretendido pelo governo. Unidade também foi demonstrada pelo PSB, sob o comando de Ana Arraes (PE), e pelo PCdoB.
Dos sete parlamentares da bancada do Distrito Federal presentes na votação do mínimo, dois votaram contra o governo. Antônio Reguffe (PDT) e Augusto Carvalho (PPS) apoiaram a emenda derrotada que propôs o salário de R$ 560. Erika Kokay (PT), Izalci (PR), Policarpo (PT), Ricardo Quirino (PRB) e Ronaldo Fonseca (PR) seguiram o Planalto e optaram pelo mínimo de R$ 545.
Serra Na votação do projeto de autoria do PSDB, que propunha salário mínimo de R$ 600, foram poucas as dissidências. A matéria recebeu 106 votos. Nenhum deputado do PT apoiou a proposta, mas alguns integrantes da base parlamentar governista traíram o Planalto e apoiaram a bandeira de José Serra (PSDB) na campanha presidencial tucana de 2010. Entre os dissidentes que apoiaram os R$ 600 estão os pedetistas Oziel Oliveira (BA) e Sebastião Bala Rocha (AP). Os deputados Paulinho da Força (SP) e Zé Silva (MG) se abstiveram.
No PR, Francisco Floriano (RJ) e Zoinho-RJ também contrariaram o Planalto. Os deputados do PP Jair Bolsonaro (RJ) e Luiz Argolo (BA) engrossaram o coro dos apoiadores dos R$ 600. Na bancada do DF, somente Augusto Carvalho (PPS) apoiou a proposta tucana.