O PMDB foi o partido mais fiel ao governo na votação dessa quarta-feira do salário mínimo de R$ 545. Os 77 deputados do partido votaram fechados contra as propostas de um valor maior. O PT da presidente Dilma Rousseff registrou duas dissidências a favor do mínimo de R$ 560. Os petistas Eudes Xavier (CE) e Francisco Praciano (AM) votaram contra o governo. O líder do PT, Paulo Teixeira (SP), descartou punição aos dois rebeldes. Dos partidos da base, só 16 deputados que participaram da votação ficaram contra o governo.
Ameaçado de perder o comando do Ministério do Trabalho, o PDT deu mais votos a favor do governo do que o apoio ao mínimo de R$ 560, defendido pelo deputado pedetista Paulinho Pereira da Silva (SP). Foram 16 votos com o governo e apenas 9 contrários. Ou seja, Carlos Lupi não deverá ser demitido do cargo. Na primeira votação, o partido deu apenas dois votos favoráveis ao mínimo de R$ 600 - Paulinho, por exemplo, preferiu se abster.
O PSB foi outro 100% leal ao Planalto. Nas duas votações, os socialistas votaram em peso contra as propostas de um mínimo maior. Teve apenas uma ausência: Abelardo Camarinha (SP). No PP, as dissidências ficaram por conta de Jair Bolsonaro (RJ) e Paulo Maluf (SP), que votaram pelo mínimo de R$ 560.