(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Embora desconverse, PMDB quer para já a retribuição pelo apoio em votação


postado em 18/02/2011 08:12

Na quinta-feira pela manhã, o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), recebeu um telefonema do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Não era para falar de cargos, ou cobrar nada. Palocci queria apenas agradecer o empenho, o discurso em defesa do governo e o resultado na votação do salário mínimo. “Apenas cumpri o meu papel de governo”, respondeu Alves ao ministro. Para bons entendedores, o recado está dado. O PMDB agora espera ser tratado como governo e provou que, de sua parte, as rusgas em torno da indicação do presidente de Furnas estão superadas. E da parte do ministro, também. Se irá continuar assim, o futuro dirá.

Ser tratado como governo para o PMDB tem diversos significados. Para alguns, esse tratamento inclui as nomeações do ex-deputado Geddel Vieira Lima (BA) como vice-presidente de Crédito para Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal (CEF); do ex-governador da Paraíba José Maranhão para a Vice-Presidência de Loterias da CEF; e, ainda, do ex-governador do Paraná Orlando Pessuti para o Setor de Agronegócio do Banco do Brasil. O partido também espera a indicação do ex-deputado Rocha Loures (PR) para uma vaga de Itaipu.

Loures foi candidato a vice-governador do Paraná na chapa do ex-senador Osmar Dias (PDT) e deixou uma reeleição fácil de deputado federal em prol do palanque pró-Dilma Rousseff. A ala mineira da legenda, por sua vez, espera que seja contemplada com a nomeação do ex-deputado Marcos Lima para uma diretoria de Furnas. E o PMDB tem ainda uma série de técnicos para sugerir às agências reguladoras.

Apelos

Mas nem todos os peemedebistas votaram de olho nos cargos que podem obter no futuro. Michel Temer, o grande articulador da vitória de quarta-feira, ao lado de Henrique Eduardo Alves, fez apelos diretos a deputados mais resistentes ao governo, como Raul Henry (PE) e Osmar Terra (RS). A eles, falou apenas da perspectiva de futuro dentro do partido. Afinal, o PMDB não pretende ficar a vida inteira colado no PT. E, se começar a demonstrar unidade desde já, fica mais fácil construir um bloco sólido, capaz de ou manter a Vice-Presidência da República daqui a quatro anos, ou buscar voo próprio.

Henry e Terra só decidiram apoiar o projeto do governo depois que Temer conquistou 10 dos 13 votos da corrente Afirmação Democrática, aquela que há 15 dias lançou um manifesto contra essa postura do PMDB de brigar em público por cargos. “Não teria sentido fundar o bloco do ‘eu sozinho’. A política é uma atividade essencialmente coletiva e que exige espírito de renúncia e solidariedade”, justificou Henry, que agora trabalha para mudar a imagem do partido.

Temer trabalha essa unidade desde o início do mês, quando transformou a Vice-Presidência em estuário de todas as tendências do PMDB e fora dele. Há 10 dias, disse à reportagem: "Caminhamos para conseguir todos os votos na aprovação do salário mínimo”. E assim fez. (Colaborou Carolina Khodr)

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)